Como resultado de audiência pública realizada pela Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais em que se discutiu sobre a questão, a Cemig recebeu, nessa quarta-feira, parlamentares e representantes setoriais da geração solar distribuída (GD) para apresentar informações técnicas e as etapas obrigatórias que devem ser cumpridas pela Companhia na análise de pedidos de conexão de energia. Essas etapas são determinadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Participaram da reunião os diretores de Distribuição, Marney Antunes, de Relações Institucionais, João Paulo Menna Barreto, e de Regulação da Cemig, Roberta Nanini, o presidente da Comissão de Minas e Energia da ALMG, deputado Gil Pereira, do PSD, os deputados estaduais Lud Falcão e Bosco e representante do deputado estadual Ricardo Campos, do PT, além de representantes da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Instituto Nacional de Energia Limpa (Inel), Movimento Solar Livre, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MG), além da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.
Graças aos esforços do setor e também da Cemig, Minas é hoje um dos estados que lideram a GD no Brasil. Somente na área de geração solar fotovoltaica, são mais de 3 GW conectados. A Cemig já investiu mais de R$ 2,8 bilhões em conexões desde 2018, apresentando aumento de 334% de conexões anuais entre 2019 e 2023, na área de concessão da companhia.
Entre as questões técnicas enfrentadas atualmente pela Cemig para atender as solicitações e fazer a conexão das unidades, está o saturamento na capacidade de injeção de carga em algumas regiões, como o Norte de Minas. Devido ao montante de conexão de potência existente, a Cemig identificou impactos no sistema elétrico, notadamente risco de inversão de fluxo de potência em transformadores de subestações e disjuntores de alimentadores. Nesses casos, a Cemig segue os procedimentos determinados pela Aneel. O Operador Nacional do Sistema (ONS) também divulgou nota técnica alertando para o risco de novas conexões na rede básica, infraestrutura que não é de responsabilidade da Cemig.
INVESTIMENTOS – Durante a reunião, o diretor Marney Antunes comprometeu-se a continuar prestando os esclarecimentos e dados sempre que necessários, contribuindo assim para o entendimento de toda a sociedade e dos envolvidos. Também foi debatida na reunião a possibilidade de a Cemig colaborar na busca por uma solução técnica que atenda demandas junto a órgãos do setor.
Foi destacada, ainda, a realização do maior plano de investimentos da história da Companhia, que engloba mais de R$ 18 bilhões apenas na área de distribuição de energia. Entre as melhorias proporcionadas pelo plano, estão a ampliação em 50% no número de subestações e de 30 mil quilômetros de rede trifásica, o que está contribuindo para a melhoria do fornecimento de energia em Minas e para a construção de novas usinas fotovoltaicas. Ao fim da reunião, as entidades formalizaram o envio de documento com demandas do setor GD, que serão analisadas tecnicamente e respondidas pela Cemig.