O secretário nacional de Assistência Social, André Quintão, sugeriu nessa terça-feira à Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) convidar a Secretaria Nacional de Segurança Alimentar do Ministério de Desenvolvimento Social e Cidadania para vir discutir a ampliação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), das cisternas comunitárias e de cestas básicas. Ele veio participar do Seminário de Fortalecimento do Sistema Único de Ação Social (SUAS), realizado no auditório da Amams, quando recebeu o pedido da Amams de liberação de 50 mil cestas básicas para atender aos flagelados pela seca do Norte de Minas.
André Quintão disse que os municípios brasileiros deixaram de aplicar R$ 230 milhões de repasses para a assistência social por causa da pandemia. O Ministério de Desenvolvimento Social e Cidadania publicou portaria permitindo que se aplique esta verba este ano, sem qualquer possibilidade de prorrogação. Quintão lamentou que a assistência social não seja ainda prioridade da maioria dos gestores públicos.
O secretário-executivo da Amams, Ronaldo Soares Mota Dias, mostrou que o Norte de Minas está sendo bastante castigado com a longa estiagem, que agrava o quadro social, pois muitas famílias vivem em situação de vulnerabilidade social e neste momento é necessário o socorro do poder público às vítimas da seca. Eduardo Rabelo, prefeito de Francisco Dumont e membro da diretoria Amams, mostrou a necessidade de ampliação do programa de aquisição de alimentos para todos os municípios e ainda pediu que os municípios sejam financiados para manter as unidades de média e alta complexidade da assistência social, como os abrigos.
A subsecretária estadual de Assistência Social, Mariana de Rezende Franco, salientou que o estado tem procurado o fortalecimento do SUAS no Norte de Minas. Explicou que estão abertas as inscrições para os municípios aderirem ao programa de Cozinhas Comunitárias. Kenia Medeiros, diretora de proteção básica de Montes Claros lembrou que Montes Claros cresceu muito, mas esbarra no crescimento dos casos de usuários de drogas e de pessoas em situação de rua. Ela anunciou a ampliação do número de CRAS na cidade, saindo dos atuais 11 para 12 ou 13.