Os servidores da educação no Estado de Minas Gerais prosseguem na jornada de lutas pelo pagamento do Piso Nacional de Salário, contra o aumento da contribuição do Ipsemg e o “desmonte do serviço público” promovido pelo governo Romeu Zema, conforme denunciam.
Nessa sexta-feira (17), as atividades de mobilização da Campanha Salarial, reuniram em Montes Claros os trabalhadores em educação do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas. As atividades aconteceram de manhã, na Praça do Automóvel Clube, no centro da cidade. Em seguida, às 14h, houve audiência pública no plenário da Câmara Municipal de Montes Claros.
MOBILIZAÇÕES REGIONAIS
Novas manifestações e paralisações regionais serão realizadas nesta sexta-feira (24). A primeira etapa das mobilizações regionais reuniu em Ipatinga os trabalhadores em educação dos Vales do Aço, Rio Doce e Mucuri.
Já ontem, as manifestações ocorreram nas regiões do Triângulo, Noroeste e Alto Paranaíba. Finalmente, nesta sexta-feira (24), as ações de mobilização da Campanha Salarial, acontecem nas regiões Sul e Centro Oeste. O governador Zema só paga metade dos salários aos trabalhadores e trabalhadores em educação e propõe à AL reajuste de 3,62% que não recompõe nem as perdas inflacionárias, denuncia o SindiUT, ao NOVO JORNAL DE NOTÍCIAS.
Na Praça do Automóvel Clube, os professores fizeram protesto e depois saíram em passeata pelo centro da cidade numa manifestação em defesa da educação mineira, pelo pagamento do Piso Salarial Nacional e contra “os ataques do governo do Estado aos direitos dos servidores”, afirmaram.
DESCASO
A coordenadora do Departamento de Comunicação e diretora do SindUTE/MG, Marcelle Amador, destacou a importância das mobilizações regionais para conscientizar a população de Minas Gerais sobre o descaso do governo Zema com o setor educacional. “Não podemos nos silenciar diante do fato dos trabalhadores e trabalhadoras da educação estarem recebendo metade do valor do salário. Diante do fato do governador ter transformado nosso piso salarial em teto. E dele propor um reajuste de 3,62%, que não recompõe nem as perdas da inflação.
E, juntamente com isso, propor à Assembleia Legislativa um Projeto de Lei de mudanças do Ipsemg que vai aumentar o custo da assistência social para o servidor e para a servidora. Ou seja, no final das contas, não vai ter reajuste. Se você reajusta num percentual insignificante e ainda aumenta a sua participação previdenciária, no final das contas você não tem reajuste”, assinala.
MOBILIZAÇÕES
Ela destacou ainda que o objetivo das mobilizações e paralisações regionais é denunciar o governo Zema à população mineira. “Denunciar o descaso, o desmonte do setor público, toda a perseguição e destruição da educação em Minas Gerais. Nosso objetivo é fazer a denúncia dos ataques do governador à educação”, sintetizou.
As ações regionais pelo Estado foram definidas em assembleia dos trabalhadores e trabalhadoras em educação e já ocorreram em Montes claros, Capital, Juiz de Fora e Ipatinga. Nesta sexta-feira (24), as ações de mobilização da Campanha Salarial acontecem nas regiões Sul e Centro Oeste do Estado.