O trabalho implementado pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) no Norte de Minas deve se tornar referência para as demais regiões do Estado e a supervisão clínico-institucional dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) deve ser fortalecida, como instrumento de valorização dos profissionais de saúde, bem como de melhoria contínua da assistência prestada aos usuários dos serviços de saúde mental.
Essas foram algumas das conclusões do 1º Seminário de Supervisão Clínico-Institucional nos Centros de Atenção Psicossocial: Experiências Bem-Sucedidas nas Macrorregiões Norte e Jequitinhonha, realizado nesta quinta-feira, 19 de outubro, em Montes Claros. Organizado pela Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, o Seminário contou com a participação de dezenas de profissionais do Norte de Minas e de municípios do Vale do Jequitinhonha.
Na abertura do Seminário a superintendente regional de saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques destacou que a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) tem intensificado as políticas de fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial, “trabalho este que é de fundamental importância para garantir a assistência às demandas de saúde mental da população”.
Por sua vez, o promotor Rodrigo Cavalcante, da Promotoria de Saúde de Montes Claros, lembrou que o tema saúde mental tem importância fundamental na Rede de Atenção Psicossocial, sobretudo por meio dos trabalhos implementados pelos CAPS tanto no que se refere à prevenção e recuperação dos usuários desses serviços. “Com a instituição da política antimanicomial, um dos desafios é fazer chegar ao conhecimento da população como se dá o processo de inclusão social das pessoas com algum tipo de sofrimento mental”, observou o promotor.
O secretário de saúde de Pirapora e representante do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems), Rafael Lana, destacou que os trabalhos de supervisão clínico-institucional constituem a garantia de acesso da população aos serviços de saúde mental, além da valorização do trabalho dos profissionais que atuam nesse segmento de assistência à saúde.
“A partir das experiências bem-sucedidas no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha, é importante que as iniciativas sejam replicadas para outras regiões do Estado, por meio de um trabalho de educação permanente”, sugeriu Rafael Lana.
Já a referência técnica da Gerência Regional de Saúde de Diamantina, Dominique Mendonça destacou a importância da troca de experiências entre os profissionais que atuam nos serviços de saúde mental, por se constituir importante instrumento de fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial no Estado.
Alcina Mendes Brito, referência técnica em saúde mental na Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros reforçou que “manter a Rede de Atenção Psicossocial bem articulada para garantir o atendimento das demandas da população constitui desafio permanente e, nesse contexto, a supervisão clínico-institucional é um valioso instrumento de apoio aos profissionais de saúde e na garantia da assistência aos usuários”.