O Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional Governador Valadares e da 11ª Promotoria Criminal da cidade deflagraram nessa quinta-feira (19), a Operação “Espelho Meu”.
O objetivo é apurar a facilitação do ingresso de aparelhos celulares e outros objetos proibidos em estabelecimento prisional, crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico ilícito de drogas e facilitação de fuga praticados por integrantes de organização criminosa. No Norte de Minas foram cumpridos mandados apenas em Francisco Sá. As outras cidades em Minas foram Governador Valadares, Ponte Nova e Belo Horizonte, e nas cidades de Vitória e Serra, no Espírito Santo.
Segundo o MP, conforme as investigações, a organização criminosa contribui, mediante pagamento, para o ingresso de aparelhos celulares, drogas e outros itens proibidos no sistema prisional, além do uso e comércio deles pelos detentos. A facilitação para o ingresso envolve servidores públicos, presos integrantes de organizações criminosas, outros escolhidos como “faxinas” nos pavilhões, além de familiares dos envolvidos.
Ainda conforme a investigação, os presos com acesso aos aparelhos, continuavam a comandar o tráfico de drogas e crimes violentos e ainda lucravam com aluguéis ou revendas dos celulares a outros detentos da unidade prisional. Foram cumpridos, 17 mandados de busca e apreensão e 1 afastamento de função pública, determinados pelo Juízo da Terceira Vara Criminal da Comarca de Governador Valadares.
OPERAÇÃO “ESPELHO MEU” – Os aparelhos celulares de grande valor comercial são apelidados pelos presos de “espelho”, daí o nome da operação, segundo o MP. Participaram da operação as polícias Militar, Civil e a Corregedoria da Secretaria de Estado e Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, o Gaeco/BH, o Gaeco/ Ipatinga e o Gaeco do Espírito Santo.
A operação contou ainda com seis promotores de justiça dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, 53 policiais militares, 1 policial civil, 23 policiais penais e 12 policiais militares do Estado do Espírito Santo, além do apoio do helicóptero da PM, Pégasus e de cães.