Em cerimônia no Palácio do Planalto e a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foram assinados na última quarta-feira (27/9) os nove contratos de concessão decorrentes do primeiro Leilão de Transmissão de 2023, realizado no mês de junho. A assinatura confirma a construção, operação e manutenção dos empreendimentos em seis Estados, orçados em R$ 15,7 bilhões. Após a conclusão das obras, o Brasil contará com mais 6.184 quilômetros de linhas de transmissão, além de subestações com capacidade de transformação de 400 megavoltampères (MVA).
Minas Gerais aguarda um aporte de aproximadamente R$ 9 bilhões para a realização de obras de construção, operação e manutenção de subestações e linhas de transmissão de energia. Para viabilizar os investimentos, na quarta-feira (27), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), participou da cerimônia de assinatura dos contratos de concessão. Os documentos são decorrentes do primeiro Leilão de Linhas de Transmissão de 2023, que estabeleceu um marco histórico no País.
Os investimentos contemplarão 75 municípios do Estado. Cidades como Caratinga, Cataguases, Espinosa, Francisco Sá, Governador Valadares, Januária, Janaúba, Jaíba, Buritizeiro e Três Marias estão na lista de possíveis obras previstas. A estimativa, segundo o Governo Federal, é que as intervenções gerem empregos e impulsione o desenvolvimento social e econômico nas regiões Norte e Nordeste de Minas, além dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.
A relevância desses investimentos consiste na conexão de Minas Gerais com o Nordeste e os principais consumidores do Sudeste, fortalecendo as redes de transmissão e expandindo a capacidade de transporte de energia limpa e renovável para a região central do País. Minas Gerais, por sua posição estratégica, desempenha um papel fundamental nesse processo, conectando diferentes regiões e impulsionando o avanço energético.
No total, construirão 6.184 quilômetros de linhas de transmissão e subestações, com capacidade de transformação de 400 megavoltampères (MVA), abrangendo seis Estados. O investimento total previsto para essas obras é de R$ 15,7 bilhões, com a expectativa de criação de 60 mil empregos diretos e indiretos. Os empreendimentos serão distribuídos entre Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Sergipe.
Além disso, a operação comercial desses empreendimentos está prevista para ocorrer em um prazo de 36 a 66 meses, com concessões que se estendem por 30 anos. A previsão é que algumas obras tenham início em 2024, impulsionando ainda mais o setor energético. Ainda segundo o Governo, esse é apenas o primeiro passo, pois outros dois leilões estão confirmados, um para dezembro deste ano e outro para o início do próximo ano.