A Fecomércio traz uma notícia boa e importante para os consumidores que vão fazer as compras para a Páscoa. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE trabalhados pela entidade, a cesta dos itens tradicionais mais procurados para a data comemorativa, em relação a alimentação, está com aumento médio de 5,86% no acumulado de 12 meses até janeiro deste ano. No mesmo período do ano anterior, a variação havia sido de 21,58%.
“Essa forte desaceleração é muito benéfica para o consumidor, pois, ao mesmo tempo em que os preços não estão pressionados, há um ambiente mais favorável de mercado de trabalho e renda, dando condições de uma expansão de consumo no período, além de uma redução na taxa de famílias inadimplentes no País, conforme mostra a PEIC – Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Fecomércio em vários Estados”, pontua o consultor econômico Guilherme Dietze.
O azeite de oliva será o grande vilão neste ano, com aumento médio de quase 37%. Na segunda posição vem o arroz com alta, em 12 meses, de 24,56%. No caminho inverso, os itens cebola, tomate e alho, registraram recuos respectivos de -18,73%, -5,54% e -3,84%. “Embora as variações tenham sido negativas em 12 meses, vale o alerta que esses produtos tiveram forte aumento pontualmente no fim do ano por conta de problema de oferta, dada as questões climáticas adversas nas principais regiões produtoras do país”, destaca o economista.
E infelizmente, como o ovo de Páscoa é um item sazonal, ele não é monitorado pelo IBGE, não sendo possível a captação de aumento ou queda nos preços em relação ao ano anterior. Dietze pontua ainda que “é notório que o seu processo de fabricação é diferente, com mais itens além do chocolate, como o presente interno, os plásticos diferenciados, fita para amarrar, sem contar a mão-de-obra e equipamentos específicos para produção que tem um tempo limitado”.
Mesmo assim, o que a Fecomércio faz é realizar uma aproximação com os dois itens relacionados ao chocolate que o IBGE pesquisa, chocolate e achocolatado em pó que sobe 4,5% e o chocolate em barra e bombom, com queda de -1,69%. Ambos estão com variação muito abaixo da apurada em janeiro de 2023, o que pode se refletir também nos ovos, ou seja, menos pressionados.
De qualquer forma, o consumidor deve buscar o item pelos mais diversos estabelecimentos, pois há diferença entre eles e inclusive com algumas promoções específicas. E sempre ficar atento para realizar as compras com organização, para que possam caber no bolso, evitando descontrole no momento seguinte.
Portanto, o cenário para 2024 indica ser mais positivo em relação aos preços aos consumidores dos itens tradicionais da refeição da Páscoa, importante momento para o Comércio e Serviços, sobretudo os restaurantes.