Durante webnário realizado no mês passado, o médico ginecologista e obstetra da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, Raimundo Nonato Lopes falou sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de colo de útero. Destacou que, “assim como o câncer de mama, o de colo de útero também merece atenção especial por parte das mulheres e dos profissionais de saúde pelo fato de apresentar uma taxa de incidência alta.
Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), para este ano são esperados 1 mil 670 novos casos em Minas Gerais, alcançando taxa bruta de 15,17 casos por 100 mil mulheres”, frisou o médico.
No caso específico do Norte de Minas, entre 2021 e 15 de outubro deste ano Raimundo Nonato observou que foram diagnosticados 285 casos de câncer de colo de útero. Por outro lado, no período de 2020 a 2022 ocorreram 101 óbitos causados pela doença.
Assim como no câncer de mama, o médico destaca que o investimento dos municípios em ações de educação em saúde é fator de fundamental importância para reforçar as ações de prevenção. Isso porque, “entre os fatores de risco para a evolução do câncer de colo de útero está o início precoce da atividade sexual; múltiplos parceiros sexuais; uso prolongado de contraceptivos orais; tabagismo; infecção pelos vírus HIV e HPV”.
Diante dessa situação, Raimundo Lopes destaca que entre as principais ações de conscientização da população para prevenção contra o câncer do colo de útero está a vacinação de meninos e meninas a partir de nove anos contra o HPV; pessoas vivendo com HIV; pessoas transplantadas; pacientes oncológicos; imunossuprimidos e pessoas vítimas de violência sexual.
Entre as recomendações para prevenção, detecção e controle do câncer de colo de útero, o médico falou sobre a importância do trabalho ser implementado por equipes multiprofissionais, com estímulo às ações de prevenção primária de educação em saúde.
Também foi sugerido que os profissionais dos serviços de saúde “faça o acolhimento e a escuta qualificada de pacientes, além da busca ativa de mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos para o rastreamento, diagnóstico em tempo oportuno, possibilidade de cura e de tratamentos mais conservadores, menos invasivos, com redução de danos e da mortalidade”.