O crédito do Banco do Nordeste para a pecuária de Minas Gerais já superou R$ 650 milhões em 2024. O valor é 20,6% maior do que os R$ 539,6 milhões investidos no mesmo período do ano anterior na produção bovina. Os dados são de agosto nos dois exercícios. Superintendente estadual do BNB em Minas Gerais, Wesley Maciel ressalta que o segmento tem importância histórica para a região mineira da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
“No perímetro em que atuamos no Estado, a economia tem na pecuária uma das suas principais vocações. Seja de corte ou de leite, a criação de gado movimenta e gera emprego e renda na nossa região. O Banco do Nordeste é o grande parceiro dos pecuaristas, de todos os portes, com crédito justo para cada etapa da produção”, destaca o executivo.
Os recursos para o setor contribuem para impulsionar as contratações do BNB no Estado, que somam R$ 2,7 bilhões até o oitavo mês do ano. O montante é 16,1% maior do que os R$ 2,3 bilhões até a mesma data-base em 2023.
A pecuária é o segundo segmento que mais buscou crédito no BNB em Minas Gerais no ano, atrás apenas dos projetos de infraestrutura, cujos contratos tradicionalmente são de valores mais robustos. Essas propostas receberam R$ 822,9 milhões, acréscimo de 28,2% na comparação com os R$ 642,1 milhões em agosto de 2023.
AGRICULTURA FAMILIAR
O maior crescimento percentual no volume de recurso no Estado, no entanto, está no recorte cujas aplicações individualmente são de valores menores, porém com grande número de contratos: a agricultura familiar. Em 2024, produtores mineiros beneficiados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) buscaram R$ 564,4 milhões, 82,8% a mais do que os R$ 308,8 milhões no mesmo período do ano passa do. A quantidade de operações com esse público cresceu de 34,9 mil para 44,8 mil, alta de 28,4%. Os dados consideram recursos contratados com todas as linhas do Pronaf, incluindo as administradas pelo programa de microcrédito rural Agroamigo.