O câncer no fígado é um tipo de tumor maligno que começa no órgão, podendo atingir os canais biliares ou vasos sanguíneos e causar sintomas, como dor abdominal, olhos amarelados, enjoo, falta de apetite e perda de peso.
Segundo o médico cirurgião do aparelho digestivo, André Siqueira, pessoas com gordura no fígado, cirrose hepática ou que usam anabolizantes, possuem maior risco para desenvolver o câncer no fígado, que costuma ser identificado por um exame de imagem do abdômen, como ultrassom ou tomografia, capazes de detectar um ou mais nódulos no fígado.
O tratamento do câncer de fígado varia conforme o tamanho e quantidade do tumor e a gravidade da doença, onde o médico pode recomendar a realização de cirurgia, sessões de quimioterapia, radioterapia ou transplante de fígado, por exemplo.
Os principais sintomas de câncer no fígado são: dor abdominal, principalmente no lado direito da barriga, inchaço; pele e olhos amarelados; perda de peso sem motivo aparente; falta de apetite ou sensação de saciedade após comer pouca comida; caroço duro no lado direito da barriga, abaixo das costelas; fezes esbranquiçadas.
Além disso, a pessoa com câncer de fígado também pode apresentar coceira na pele, mal-estar, febre, enjoos ou vômitos, cansaço excessivo e urina escura.
No entanto, os sintomas de câncer no fígado geralmente surgem somente em fases mais avançadas da doença.
De acordo com Siqueira, o diagnóstico é feito pelo hepatolo- gista, por meio da avaliação dos sintomas e sinais apresentados, e do histórico de saúde familiar e da pessoa.
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Para confirmar o diagnóstico, o médico solicita exames de sangue ou de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e laparoscopia. Conheça mais sobre os exames para avaliar o fígado.
Se forem identificadas alterações suspeitas, o médico pode pedir uma biópsia do fígado, para comprovar em laboratório se existem células cancerígenas no órgão. Entenda quando o cisto é perigoso.
Já nos casos menos suspeitos, o médico pode indicar a repetição dos exames a cada 1 ou 3 anos, para acompanhar se existe crescimento ou desenvolvimento de novas características que possam indicar câncer.
As principais causas e fatores de risco do câncer no fígado são: infecção causada pelo vírus da hepatite B ou C; diabetes do tipo 2; cirrose; esteatose hepática, ou gordura no fígado; consumo excessivo de bebidas alcoólicas; obesidade; tabagismo.
Além disso, a exposição a aflatoxinas, substância que é produzida por alguns tipos de fungos, podendo estar presente em cereais, amendoim, nozes, amêndoas e condimentos, também aumentam o risco de câncer de fígado.
O câncer de fígado pode ser primário ou secundário, conforme a seguir: Carcinoma hepatocelular, ou hepatoma, é o tipo mais comum de câncer de fígado primário, começando nas principais células do fígado, os hepatócitos;
Colangiocarcinoma, um tipo de câncer de fígado primário que começa nas células que cobrem os canais biliares;
Angiossarcoma, que começa nos vasos sanguíneos, sendo um tipo raro de câncer de fígado primário, surgindo geralmente em pessoas com mais de 70 anos;
Carcinoma fibrolamelar, é um tipo de câncer de fígado primário que tende surgir em pessoas entre 20 a 30 anos.
Já o câncer no fígado secundário é causado por metástase ou disseminação do câncer de outros órgãos, como pulmões, estômago, intestino, pâncreas ou mama, por exemplo.