Com a campanha eleitoral iniciada na última sexta-feira, o Núcleo de Dados do EM verificou quais são os candidatos a prefeito mais ricos de Minas Gerais nas eleições de 6 de outubro deste ano. Considerando o valor total de bens declarados por cada concorrente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o mais rico é o prefeito de Pimenta, no Centro-Oeste do estado. Geovânio, do PSD, que afirma ter R$ 136,9 milhões em seu nome.
Depois dele, aparece outro nome do PSD: Juracy Freire, que tentará a reeleição em Porteirinha, no Norte de Minas, com R$ 66,7 milhões. Quem fecha o pódio endinheirado é Wanderli, da Rede Sustentabilidade, concorrente à Prefeitura de Gonzaga, no Vale do Rio Doce. Ele declara R$ 47 milhões.
Em quarto lugar, o milionário da vez é Otacilinho, do PSB, candidato ao Executivo de Conceição do Mato Dentro, na Região Central de Minas. Ele declara R$ 42,5 milhões. Quem fecha o top-5 com R$ 35,5 milhões é Dr. Wagner, do MDB, que tenta a reeleição em Miradouro, na Zona da Mata.
Outros três candidatos ultrapassam a marca de R$ 30 milhões em bens: Lindouro, do PT, que tenta se eleger prefeito de Alvinópolis (Central) com uma fortuna de R$ 32,5 milhões; Jarbinhas, do PSDB, que tentará voltar ao governo de Guaxupé (Sul) com R$ 31,7 milhões declarados; e Maurício Nazaré, do PSD, candidato à Prefeitura de Itaúna, na Região Central do estado, dono de uma quantia de R$ 30,8 milhões.
A lista dos 10 candidatos mais ricos ainda conta com Fernanda do Praxedão, do MDB, a única mulher da relação, que concorre ao Executivo de Tiros, no Alto Paranaíba, com R$ 28,2 milhões declarados. Quem fecha a apuração é o ex-deputado estadual de Minas Gerais, Inácio Franco. Ele tentará voltar ao governo de Pará de Minas, no Centro-Oeste do estado, com R$ 26,1 milhões em seu nome.
VICES MILIONÁRIOS – Se a lista for expandida para os candidatos a vice-prefeituras, dois nomes se destacam: Célio do Columbia, do Republicanos, que concorre ao cargo em Unaí, no Alto Paranaíba; e Ronaldo Sandre, do PSD, postulante ao Executivo de Centralina, no Triângulo Mineiro. Eles declaram, respectivamente, R$ 107,8 milhões e R$ 84,6 milhões, valores que só são superados pelo prefeito de Pimenta, Geovânio Macedo.
ERROS DE PREENCHIMENTO – Como em toda eleição, alguns candidatos apresentam declarações fora da realidade por erros de digitação no momento de preencher a ficha do TSE. Professor Crésio Campos, que tenta se eleger vereador de Ipatinga, no Vale do Rio Doce, por exemplo, declarou ter R$ 12,1 bilhões em bens. Procurado pela reportagem, o candidato do PL assumiu a falha.
“Sou acionista de uma empresa de transporte ferroviário aéreo, uma tecnologia inédita no mundo. Essa empresa tem sede na Bielorrússia e filial no Emirados Árabes. Na somatória, esse valor chega em R$ 12 milhões. Ocorre que o TSE lançou errado e colocou R$ 12 bilhões”, afirmou.
Situação parecida acontece com Engenheiro João José, que concorre a vaga na Câmara Municipal de Belo Horizonte. O candidato do PV declarou ter R$ 381 milhões em bens, mas garantiu que o valor está errado. “Foi erro de digitação e já pedi para regularizar. Não faz sentido esse valor. O erro foi meu. Um apartamento no valor de R$ 380 mil entrou como se valesse R$ 380 milhões”, disse.