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Falta de asfalto na estrada prejudica acesso, perturba motoristas e toda a população da Serra Geral na região

No final dos anos 1990, o anúncio de que todos os municípios norte-mineiros da Serra Geral no Norte de Minas seriam unidos por asfalto espalhou júbilo pelas cidades interioranas aonde só se chegava depois de muito solavanco e pelo Trem Baiano da antiga Rede Ferroviária Federal (RFSSA) privatizada ainda pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

No final dos anos 1990, o anúncio de que todos os municípios norte-mineiros da Serra Geral no Norte de Minas seriam unidos por asfalto espalhou júbilo pelas cidades interioranas aonde só se chegava depois de muito solavanco e pelo Trem Baiano da antiga Rede Ferroviária Federal (RFSSA) privatizada ainda pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Quase duas décadas depois da promessa feita em gestões anteriores a do governador Romeu Zema estão descumpridas todas as administrações posteriores, o otimismo deu lugar à desesperança e ao descrédito em comunidades submersas de buracos por todos os lados.

A crise financeira do Estado transformou o projeto de pavimentar os caminhos rumo a todos os rincões do sertão mineiro em uma jornada sem destino certo. Hoje, nem mesmo há uma previsão segura de quando o asfalto poderá chegar a todas as comunidades onde a falta de infraestrutura prejudica a economia, ameaça o acesso à saúde e à educação, e compromete sonhos de desenvolvimento e expansão populacional dos municípios da Serra Geral, cercados de cachoeiras, turismo, comércio em geral e escoamento da produção de Mamonas, Espinosa, Catuti, Montezuma, Rio Pardo de Minas, Taiobeiras, Salinas, Riacho dos Machados, Serranópolis de Minas, entre tantos outros municípios localizados nesta região.

SOCORRO – O presidente da Câmara de Monte Azul, Sílvio Luiz Araújo idealizou um movimento e está cobrando do DER, da Secretaria de Infraestrutura do Estado, (Seinfra) e DER e do governador Zema e dos deputados da Bancada do Norte, o recapeamento urgente da MGC-122, que liga o trevo de Capitão Enéas, passando por Janaúba, Porteirinha, Mato Verde até Espinosa, na divisa com o Estado da Bahia.

A buraqueira levou dezenas de pessoas para a rodovia em protesto sobre a situação de penúria da estrada, que ficou arrasada ainda mais depois das chuvas. O movimento é denominado “O Norte de Minas pede socorro”, conforme o legislador monteazulense e colegas de parlamento. “Isso aqui é uma vergonha”, afirma à reportagem, que acompanhou a estrada durante o carnaval. Estiveram por lá, o secretário de Obras e Planejamento, Maxs Sandro Ferreira, o coordenador da Defesa Civil, Robson Gomes Pereira, além de outros vereadores e usuários da rodovia, que há anos enfrenta problemas com muitos buracos. Motoristas e caminhoneiros que trafegam pela MGC-122, apelidada de estrada dos buracos afirmam que os prejuízos são enormes com reposição de peças, pneus e rodas. Há 35 anos que não uma manutenção da rodovia no Norte de Minas, afirma ao NOVO JORNAL DE NOTÍCIAS, Robson Pereira. Para interligar todo a região pela MGC-122 até Guanambi e Urandir, na Bahia, ainda é necessário recapear cerca de 350 quilômetros de asfalto todo esburacado que verificou o andamento das obras com cada prefeitura envolvida. Segundo o Departamento de Edificações e Estradas de Minas Gerais (DER) ainda não há data para a obra de recapeamento da MGC-122 para cumprir a antiga promessa – valor que o governo estadual admite não ter condições de bancar de imediato. A esperança é de que um eventual alívio nas finanças públicas permita a contratação de um novo financiamento para retomar o programa viário. Hoje, os municípios dispõem de ambulâncias próprias, além de três carros e um ônibus para transportar pacientes. O problema é que os veículos estão fora de serviço para manutenção devido à falta de infraestrutura. “Tem carro que aguenta pouco mais de um ano em razão do desgaste provocado pela estrada de chão. Nosso maior problema é a dificuldade de acesso – lamenta o secretário municipal de Obras e Planejamento de Monte Azul, Sand, ao e o coordenador da Defesa Civil, Robson . Essa dificuldade também afeta o escoamento da produção agrícola dos municípios sem pavimentação. O prefeito Paulo Dias Moreira lamenta ao NJN, a situação e os prejuízos perto de Pajeú e outras localidades rurais que passam pela MGC-122, entre o município até depois de Espinosa, passando por Mato Verde, Porteirinha e Janaúba. “Na situação atual, nem mesmo lojas se instalam aqui. Para comprar uma TV, uma geladeira, tem de ir a outro município – queixa-se o gestor. “A todo momento tem um carro com rodas e pneus estouradas, com a situação pior com as chuvas que caem no Norte de Minas”. A penúria financeira do Estado e o tamanho do desafio a ser vencido para qualificar a infraestrutura viária gaúcha não trazem muita esperança aos gestores municipais da Serra Geral. Diante da falta de recursos do Estado, vemos que é realmente difícil concluir todos esses projetos. Lamentamos muito porque a ausência do asfalto provoca prejuízos incalculáveis para os municípios e, por consequência, para o Estado. Além disso, diminui a autoestima da população. Aumenta o êxodo rural, dificulta o transporte de estudantes e pacientes, prejudica tudo, afirmam durante o protesto que já tomou todas as redes sociais, inclusive, do governador Romeu Zema.

Falta de asfalto na estrada prejudica acesso, perturba motoristas e toda a população da Serra Geral na região
Virou lama e mato, a promessa, feita 35 anos, de que todos os municípios da Serra Geral teriam estrada recapeada; apenas foram feitos remendos

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