Estão atrás das grades os três suspeitos de envolvimento na morte do jovem Thiago Alves Ramos, de 23 anos, durante uma festa à fantasia realizada no último domingo (14), em Brasília de Minas. Dois suspeitos, de 21 e 30 anos, foram presos preventivamente pela Polícia Civil na manhã dessa terça-feira (16) após se apresentaram à PC acompanhados de advogados.
O terceiro suspeito foi preso nessa quarta-feira (17). A Polícia Militar informou que ele se apresentou, acompanhado de um advogado, na 13ª companhia da PM de São Francisco, no início da manhã. Ele teve o mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça e era considerado foragido. Após ser ouvido, ele foi levado para a delegacia de Polícia Civil da cidade.
Na terça, o advogado Petrônio Braz de Carvalho, que defende o investigado informou que houve uma luta corporal entre seu cliente e a vítima, mas em nenhum momento ele utilizou garrafa ou outro objeto cortante que pudesse matar o jovem que morreu em decorrência de uma hemorragia após ser ferido no peito com uma garrafa.
De acordo com o delegado Flávio Cavalcanti Rocha, que coordena as investigações, os primeiros levantamentos realizados pela Polícia Civil indicam que a vítima e um dos suspeitos se desentenderam quando esbarraram um no outro durante a festa. Outras pessoas intervieram na confusão e afastaram os dois. Porém, o suspeito e um amigo teriam continuado as provocações contra a vítima.
Em determinado momento, o suspeito iniciou uma agressão físicas contra a vítima, momento em que quebrou uma garrafa e golpeou Thiago no tórax, que foi socorrido e encaminhado ao hospital. Devido a uma hemorragia, Thiago Alves não resistiu e morreu. As investigações continuam visando à elucidação completa dos fatos e responsabilização dos envolvidos.
“Esperamos que as circunstâncias do crime sejam devidamente apuradas e que as responsabilidades sejam devidamente especificadas e que cada um pague na medida daquilo que cometeu.”
DEFESAS – O advogado Antônio Marcondes, que defende o preso, de 21 anos, afirma que “meu cliente é totalmente inocente e não teve qualquer participação nesse fato criminoso. Ademais, meu cliente compareceu espontaneamente à delegacia de polícia e prestou todas as informações necessárias aos esclarecimentos dos fatos e não prejudicou em nenhum momento as investigações. A prisão preventiva decretada em seu desfavor é totalmente injusta e precipitada.”
Carlos Pereira de Carvalho Júnior, que defende o outro preso, de 30 anos, destacou que “meu cliente se apresentou espontaneamente à delegacia da Polícia Civil, esclarecendo os fatos da forma como ele entende que ocorreram, relatou todo o ocorrido e reafirmou perante a autoridade policial que não teve nenhuma participação nos golpes que levaram à fatalidade ocorrida. Os defensores disseram ainda que estão tomando as medidas para solicitar a soltura de seus clientes.