Na última quinta-feira, 21 de setembro, morreu a ex-jogadora centra de vôlei, Walewska Oliveira, que foi campeã olímpica com a seleção de vôlei nos Jogos de Pequim, em 2008, e deixou as quadras no fim da temporada 2021/2022.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, o óbito da campeã olímpica de vôlei aconteceu em decorrência de uma queda do 17º andar. A polícia investiga as circunstâncias. De acordo com o documento, expedido pelo 78º Distrito Policial, no bairro dos Jardins, na Zona Oeste da cidade de São Paulo, existe a hipótese de que ela tenha cometido suicídio. Segundo o documento, a ocorrência aconteceu às 18h09 e foi comunicado aos órgãos competentes às 20h19.
Ela estava em São Paulo para divulgação de sua biografia e chegou a trocar livros com Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, no último dia 19. Walewska ainda participou de um podcast nesta semana e apresentou sua obra em um evento na capital paulista.
Nesta terça-feira, 26 de setembro, foi anunciado que a jogadora receberá duas missas diferentes de sétimo dia em cidades distintas, com a primeira acontecendo na quartafeira, 27 de setembro, às 19h, em Belo Horizonte, na Paróquia Santo Antônio da Pampulha.
“Você será recordada para sempre e por todos. Jamais esqueceremos do seu sorriso e o seu jeito humilde de ser”, afirmou o comunicado sobre a cerimônia, publicado nos stories do Instagram da Walewska, que também anunciou uma missa em Uberlândia no mesmo dia e horário.
Exímia nas quadras
Em sua biografia, intitulada “Outras redes”, ela contou sua trajetória desde os 12 anos, quando saiu de casa e pegou o ônibus para o primeiro teste de vôlei no Minas, dando os primeiros passos rumo a uma carreira de conquistas.
Conhecida por manter sempre um perfil elegante dentro e fora da quadra, Walewska influenciou uma geração de jogadoras no país. Na seleção, fez parte de diversas conquistas e marcou época. Walewska foi convocada para a seleção brasileira pela primeira vez por Bernardinho, em 1997.
Com ele, conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999, e o bronze na Olimpíada de Sidney, em 2000. Depois, sob o comando de Zé Roberto, seguiu colecionando títulos.
No Praia Clube, Walewska se reafirmou como uma das maiores centrais da história do vôlei brasileiro. Na temporada 2017/2018, foi o pilar da primeira conquista do clube na Superliga. Depois, passou um ano no Osasco, mas retornou à cidade mineira para seus últimos anos como profissional.
O Sul-Americano de vôlei 2022 marcou a despedida oficial de Walewska das quadras. O último jogo da central foi diante do Regatas Lima, do Peru, pela fase de grupos.
Na semifinal contra o Sesi-Bauru e na final contra o rival o Minas, Wal ficou como opção no banco de reservas, mas não foi utilizada durantes as partidas. Após a aposentadoria, o clube de Uberlândia deixou de usar a camisa 1, que a central vestia.