O câncer no pênis trata-se de um tipo raro com maior incidência em homens que têm 50 anos ou mais, embora possa atingir também os mais jovens. A doença está associada à má higiene íntima, à infecção pelo pipolmavírus humano (HPV) e aqueles que não se submeteram à circuncisão, a remoção do prepúcio, pele que reveste a glande – a “cabeça” do pênis. No Brasil, o câncer de pênis é mais comum nas regiões Norte e Nordeste, representando 2% de todos os tipos de câncer que atingem os homens, conforme explica o médico urologista Evaldo Jenner de Montes Claros.
Segundo ele, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar a evolução do tumor e a posterior amputação total do pênis, que traz consequências físicas, sexuais e psicológicas ao homem. No mês de novembro, o Novembro Azul, surgem campanhas de conscientização contra o câncer de próstata, o mais comum na população masculina, depois do câncer de pele não melanoma.
No entanto, é necessário ter, não apenas neste mês mas em todos os dias do ano, um cuidado integral com a saúde do homem, tendo em vista que existem outros problemas que podem surgir, incluindo o câncer de pênis.
SINTOMAS
Os principais sinais e sintomas do câncer de pênis são ferida o úlcera persistente. Além desses sintomas, podem aparecer, também:
Tumoração na glande (cabeça do pênis); Tumoração na pele que cobre a cabeça do pênis;
Tumoração no corpo do pênis;
Secreção branca (esmegma);
Aumento anormal do tecido da cabeça do pênis.
No surgimento de qualquer uma dessas manifestações clínicas, é importante procurar ajuda médica imediata para evitar possíveis complicações.
Além da tumoração no pênis e das feridas, a presença de gânglios inguinais (ínguas na virilha) e/ou nódulos também devem ser observados, pois podem indicar metástase (quando o câncer se espalha para outras partes do corpo).
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do câncer de pênis é feito, basicamente, por meio da biópsia incisional (retirada de um fragmento do tecido) de qualquer lesão peniana suspeita para se diferenciar as lesões malignas, assim como seus subtipos, das lesões pré-cancerosas e das benignas. A biópsia é feita após avaliação clínica do médico especialista. Quando diagnosticado em estágio inicial, o câncer de pênis tem alta taxa de cura.
No entanto, mais da metade dos pacientes demora até um ano após as primeiras lesões para buscar ajuda médica, o que pode provocar complicações da doença, permitindo que ela se espalhe para outras partes do corpo, o que aumenta as chances de morte.
Todas as lesões ou tumorações penianas, independentemente da presença de fimose (dificuldade ou incapacidade de exposição da glande, porque a pele que envolve o pênis possui um anel estreito), devem ser avaliadas por um médico, principalmente aquelas de evolução lenta e que não responderam aos tratamentos convencionais. Essas lesões deverão passar por biópsia para análise, quando será dado o diagnóstico final.
As informações presentes nesta página possuem apenas caráter informativo e não substituem, em hipótese alguma, a consulta médica. Em caso de suspeitas, procure imediatamente um profissional especializado para avaliação pessoal da sua saúde. Quanto mais cedo começar o tratamento, maiores são as chances de cura.