O Conselho de Sentença do Fórum Desembargador Dario Lins, em Salinas, no Norte de Minas, condenou nessa quinta-feira (28), um jovem de 21 anos, a 25 anos de prisão em regime fechado pelo feminicídio de sua namorada, a adolescente Júlia Grazielle Soares Chaves, de 15. O crime ocorreu em abril de 2022 em Rubelita. A vítima foi enterrada em uma cova rasa, e havia suspeitas de que ela estivesse grávida.
ENTENDA O CASO – Após prender um jovem sob a suspeita de ter assassinado a namorada, a Polícia Civil acabou localizando o corpo da adolescente na zona rural de Rubelita. Julia Graziele Soares Chaves, que vivia em Salinas, na mesma região, estava desaparecida desde o dia 22 de abril do ano passado. O local da cova onde ela foi enterrada, em um matagal, foi indicado pelo suspeito.
Dias após o sumiço da garota, a família procurou a polícia, que imediatamente iniciou uma investigação por desaparecimento. Entretanto, os agentes apuraram que o namorado dela alienou alguns bens e viajou para o estado de São Paulo logo ela sumir, se livrando dos contatos telefônicos e redes sociais, indicando então para um possível homicídio.
A partir de então, ainda conforme a PC, o rapaz passou a ser monitorado e, diante de provas colhidas, o delegado José Eduardo Gonçalves dos Santos representou na Justiça pela prisão do suspeito, que teve o mandado expedido.
Ao retornar para Salinas, o jovem estaria se escondendo em um local ermo de Rubelita, que fica a cerca de 30 km de distância. “Após o trabalho de inteligência, ele foi encontrado e preso pelas equipes das polícias Civil e Militar de Salinas, em uma fazenda na zona rural de Rubelita”, explicou o delegado. Após ser levado para a delegacia, o suspeito acabou confessando o crime, alegando que desferiu golpes de faca e capacete em Julia após uma briga entre o casal. Depois de matá-la, ele enterrou o corpo e fugiu para São Paulo. O corpo da adolescente estava na mesma fazenda onde o rapaz foi preso, enterrado em uma cova rasa em um local de difícil acesso.