Vários representantes do Instituto Estadual de Florestas (IEF) participaram, terça-feira (21/5), de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que debateu ações de fomento, promoção e conservação da Serra do Espinhaço, que corta os municípios de Botumirim, Grão Mogol, Itacambira, Porteirinha, Mato Verde, Monte Azul, Espinosa, Olhos D´Água, depois de Bocaiúva, Diamantina, Serro, entre outros no Estado.
A diretora de Conservação e Recuperação de Ecossistemas do IEF, Marina Fernandes Dias, destacou o Plano de Ação Territorial (PAT) para conservação de espécies ameaçadas de extinção do Espinhaço Mineiro como uma das principais ações do instituto no Norte de Minas.
O trabalho está inserido no âmbito do projeto Pró-Espécies: todos contra a extinção. O plano busca conciliar a proteção da biodiversidade e dos serviços ambientais com o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais do território. A coordenadora do PAT em Minas, Gabriela Brito, apresentou o vídeo institucional do plano, e explicou que a elaboração e implementação do PAT Espinhaço Mineiro conta com diversos atores estratégicos da sociedade civil, setor produtivo, órgãos públicos e pesquisadores.
“A construção do PAT e sua execução é feita por várias mãos, e é isso que tem possibilitado os resultados positivos que estamos alcançando, atuando conjuntamente em diversas frentes e buscando atender aos objetivos do plano”, afirma.
No evento, também foi lançado oficialmente o vídeo “Tributo ao Espinhaço Mineiro” que apresenta as belezas e as particularidades da biodiversidade desse território, sendo uma produção do PAT para alavancar as atividades de mobilização social.
Também participaram da audiência, representantes da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), PUC-MG, além de organizações não governamentais.
O território do PAT Espinhaço Mineiro abrange uma área com 105.251 quilômetros quadrados, perpassando os biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
São alvo do PAT 24 espécies criticamente em perigo, e atualmente não contempladas por nenhum instrumento de conservação oficial, sendo 19 espécies da flora, três de peixes e duas de invertebrados.
Entretanto, os efeitos positivos das ações do plano também serão refletidos em, pelo menos, 1.787 outras espécies ameaçadas presentes no território (espécies beneficiadas).
Em Minas, o PAT é coordenado pelo IEF. Seu objetivo é aumentar a conservação dos habitats, das espécies e da sociobiodiversidade no território, com o engajamento dos diversos atores sociais.
PROJETO
Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, no âmbito da Estratégia Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas, o projeto Pró-Espécies: todos contra a extinção é financiado pelo Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF, da sigla em inglês para Global Environment Facility Trust Fund).
Sua implementação é feita pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), e a agência executora é o WWF-Brasil.