A Polícia Civil concluiu, nessa segunda-feira (15), o inquérito que apurou a morte de uma jovem, de 21 anos, ocorrida em Nova Porteirinha, no Norte de Minas. O ex-companheiro da vítima, com quem ela teve um filho e de quem estava grávida de um segundo, foi indiciado por feminicídio qualificado, furto, ocultação de cadáver e fraude processual. As investigações iniciaram em 5 setembro de 2022, quando o corpo da vítima foi encontrado às margens da rodovia MGC-122, na altura do Km 147, sem nenhuma identificação.
INVESTIGAÇÃO – Conforme a delegada Glênia Balieira Torres Aquino, com base na análise do laudo da perícia médico-legal, a equipe da Delegacia de Polícia em Janaúba, responsável por apurar crimes de homicídio, identificou a vítima por meio de um fragmento de tatuagem. Após contato com a família e realização do exame de DNA, foi possível concluir que o corpo encontrado era o da jovem e futura mãe.
Durante os trabalhos, policiais recuperaram o celular da vítima, que havia sido vendido pelo suspeito após o crime, e constataram que, após matar a jovem e ocultar seu corpo, o homem furtou o celular dela e se apossou de suas redes sociais. Nelas, o homem fazia postagens e conversava com parentes e amigos da vítima, passando-se por ela, dando a entender que a jovem ainda estava viva.
PRISÃO – No curso dos trabalhos investigativos, o homem foi preso temporariamente e teve o carro apreendido e periciado. No interior do veículo, foram encontrados indícios de que o automóvel teria sido utilizado pelo suspeito para transportar o corpo da ex-companheira.
Segundo Glênia Aquino, a vítima sofreu diversas pancadas na cabeça, o que causou a sua morte. A motivação pode estar relacionada a nova gestação da jovem e uma possível tentativa de reconciliação por parte da vítima, contrariando a vontade do suspeito.