A iniciativa deve beneficiar 147 mil pessoas em 19 municípios mineiros. “O Governo Federal tem realizado um importante trabalho na atração de investidores, para juntos, impulsionar o desenvolvimento em diversas regiões no país. Estamos agindo nesse projeto como indutores do desenvolvimento, proporcionando à população a oportunidade de geração de emprego, renda e qualidade de vida melhor”, ressaltou o presidente da Codevasf, Marcelo Moreira.
Entre as obrigações da empresa concessionária estão a implantação da infraestrutura (barragens I e II, infraestrutura de irrigação e de apoio), a ocupação da área irrigável, conforme prazos estabelecidos em contrato, e a desapropriação da área destinada à formação do perímetro de irrigação. A empresa vencedora terá ampla liberdade de projeto da infraestrutura de irrigação e de estratégia de ocupação da área irrigável e de definição das culturas agrícolas.
Segundo o ministro do MIDR, Waldez Góes, o potencial de crescimento do Brasil com a irrigação é gigante. “Podemos ser uma potência mundial da agricultura irrigada. Utilizando essa ferramenta como estratégia do Governo Federal, podemos promover segurança alimentar e hídrica. Hoje, temos 8 milhões de hectares irrigados, mas o Brasil tem o potencial de chegar a 55 milhões de hectares”, apontou.
A Codevasf já investiu na desapropriação de áreas por onde passará a água da irrigação. Também foram destinados recursos para elaboração de projetos de reassentamento de população, realocação de linhas de energia elétrica, construção de ponte e galerias de estradas que serão atingidas pelo lago da barragem Jequitaí I, elaboração de inventário florestal, diagnóstico e resgate arqueológico, avaliação de imóveis a adquirir e construção de casas em áreas remanescentes.
O projeto trará, ainda, promoção do desenvolvimento do Vale do São Francisco, por meio da perenização do rio Jequitaí, incluindo a geração de 84 mil empregos (35 mil diretos e 49 mil indiretos) e a regularização da vazão do Rio São Francisco em 35 m³/s. Dos 10,2 mil hectares irrigáveis, 1,1 mil hectares serão destinados a pequenos agricultores locais, em lotes de 5 e 6 hectares. Além disso, diversas outras atividades econômicas em áreas como turismo, lazer e piscicultura.