Marquinho Lemos é o presidente da Comissão de Participação Popular (CPP) da ALMG, que é responsável por receber e encaminhar as propostas populares apresentadas durante os encontros de revisão do PPAG. Ao abrir a reunião em Montes Claros, ele comemorou que as emendas de origem popular tenham alcançado um índice de execução de 94% em 2023, algo que ele espera que se repita neste ano.
O detalhamento da execução orçamentária deste ano foi feito pelo representante da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Caio Campos. De acordo com os dados apresentados, foram R$ 25 milhões autorizados para emendas da CPP em 2024. Embora a execução esteja hoje em cerca de 60%, Campos acredita que o índice deve alcançar 95% até o final do ano.
A maior fatia dos recursos é destinada para mecanização no campo (R$ 9 milhões), seguida pelo apoio a projetos culturais e turísticos (R$ 3 milhões), apoio à segurança alimentar (R$ 2,25 milhões) e projetos de irrigação sustentável (R$ 2 milhões).
Vice-presidente da Comissão de Participação Popular, o deputado Ricardo Campos, do PT, também celebrou conquistas. “Muitos agricultores familiares só foram beneficiados por causa do trabalho desta comissão”, avaliou. Ele ressalvou, no entanto, que muitas demandas regionais permanecem sem atendimento, como a construção de restaurante universitário na Unimontes e de moradias estudantis.
Diversos participantes do encontro defenderam a importância estruturante de propostas de captação e armazenamento de água para enfrentar o agravamento da crise climática. Foi o caso da deputada Leninha, do vice-prefeito e prefeito eleito de Montes Claros, Guilherme Guimarães, do União Brasil.
O encontro de Montes Claros contou ainda com a presença de mulheres que têm se destacado na política regional, tais como a prefeita eleita de Matias Cardoso, Pretinha de Merson, e a vereadora montes-clarense Iara Pimentel, ambas do PT. “Nós, mulheres, queremos participar da discussão do orçamento porque nós conhecemos as nossas dores e não queremos que outros falem por nós”, justificou a vereadora.