A safra de milho 2024/2025 no Brasil se projeta como uma das mais promissoras para os agricultores, com perspectivas positivas tanto em termos de preços quanto de benefícios agronômicos. A produção da segunda safra de milho, a “safrinha”, será responsável por mais de 75% da produção total de milho do país, que deve alcançar 101,5 milhões de toneladas. Esse aumento reflete a elevação de 0,8% na área plantada e a recuperação significativa da produtividade, destacando a relevância dessa safra para o agronegócio nacional.
Com a demanda interna aquecida e o mercado internacional favorável, os preços do milho permanecem elevados, com médias superiores a R$ 70 por saco de 60 kg. Esse cenário cria uma excelente oportunidade para os produtores diversificarem suas fontes de receita e fortalecerem o fluxo de caixa, especialmente após a colheita da soja. Além de ser uma cultura de ciclo curto e alta rentabilidade, o milho 2ª safra se configura como uma estratégia essencial para aumentar a lucratividade das propriedades rurais, oferecendo um complemento significativo ao orçamento e proporcionando maior segurança financeira.
O cultivo do milho na segunda safra também traz benefícios agronômicos importantes, como o melhor aproveitamento do solo, a rotação de culturas e a recuperação de nutrientes, fatores que contribuem para uma produção mais sustentável e para a longevidade das atividades agrícolas.
No entanto, apesar das perspectivas favoráveis, os produtores precisam estar atentos aos desafios que podem afetar a produtividade. O controle eficiente de plantas daninhas e pragas é fundamental para evitar perdas significativas. Infestações por plantas daninhas resistentes, como o Amendoim-bravo, Capim- -pé-de-galinha, Capim Amargoso, Corda-de-viola, Picão-preto, Soja Tiguera e Trapoeraba, são uma preocupação crescente. A competição por nutrientes, água e luz pode resultar em perdas de até 80% na produtividade caso o controle não seja eficaz.
A Cigarrinha-do-milho e o Percevejo barriga-verde também representam ameaças significativas, com a possibilidade de reduzir a produção em até 70% nas plantas suscetíveis. Valdumiro Garcia, engenheiro agrônomo e gerente de Marketing Regional, destaca a importância de um manejo integrado para mitigar essas perdas. “Para uma produtividade de 100 sacos por hectare, uma perda de 10% devido à matocompetição pode resultar na redução de 10 sacos. A adoção de práticas de manejo adequadas não apenas melhora a produtividade, mas também é essencial para garantir a competitividade do Brasil no mercado global”, afirma.
As plantas daninhas têm se tornado uma ameaça cada vez mais desafiadora para a produção de milho no Brasil. O uso prolongado de herbicidas tradicionais, como glifosato e atrazina, gerou resistência em diversas espécies, dificultando o controle. Para enfrentar essa questão, os agricultores podem contar com novas soluções tecnológicas.
Entre os produtos destacados, está um herbicida pós-emergente altamente eficaz no controle de plantas daninhas de difícil manejo, como o Capim-pé- -de-galinha e Capim Amargoso. Com uma tecnologia exclusiva, oferece amplo espectro de controle de gramíneas e folhas largas, além de ser fácil de aplicar, pois não necessita de mistura.
Outro produto importante é um herbicida inovador que atua no controle de plantas daninhas como Amendoim-bravo, Corda- -de-viola, Picão-preto e Trapoeraba. Sua formulação proporciona tanto ação pós-emergente quanto pré-emergente, garantindo maior durabilidade no controle e ampliando a produtividade do milho.
A combinação de herbicidas pré-emergentes e pós-emergentes é uma estratégia eficaz para controlar as plantas invasoras de forma mais sustentável, além de reduzir o risco de resistência aos fitossanitários.
Além do controle de plantas daninhas, o manejo integrado de pragas é crucial para proteger a produtividade do milho. O inseticida, desenvolvido, tem mostrado excelentes resultados no combate à Cigarrinha-do-milho. Esse produto age por contato e ingestão, proporcionando um efeito de choque imediato e ação residual prolongada, garantindo proteção contínua para as plantas.
A sustentabilidade da produção agrícola brasileira depende da implementação de boas práticas de manejo, considerando tanto o histórico de infestação nas áreas quanto a resistência crescente de plantas daninhas e insetos. “A busca por soluções eficientes e sustentáveis será essencial para a continuidade do crescimento sólido e competitivo da agricultura brasileira”, conclui Garcia.