[views count="1" print="0"]

Deputado espera aprovar PEC da desoneração

Marcelo Freitas diz que proposição vai estimular a economia e gerar mais postos de trabalho

Tramita na Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda à Constituição que trata da desoneração da folha de pagamento de setores da economia que mais geram empregos no Brasil e contribuem para seu desenvolvimento socioeconômico. A iniciativa é do deputado Delegado Marcelo Freitas, do União Brasil, que aponta a necessidade de desafogar estas empresas e permitir que elas façam novos investimentos, gerem mais postos de trabalho e combatam o desemprego, o que é algo positivo para a economia nacional, com reflexos diretos na qualidade de vida da população. O parlamentar espera que a PEC seja aprovada em Plenário, pela sua relevância para o país.

Ao justificar a PEC, Marcelo Freitas afirma que, “há muitos anos vem sendo discutida, em nosso país, a substituição das contribuições incidentes sobre as folhas de pagamento de salários por uma outra forma de tributação que não onere tanto as empresas brasileiras, de forma a desafogar os negócios e a incentivar o aumento da contratação de trabalhadores. Neste momento em que está tramitando no Congresso Nacional uma ampla reforma do sistema tributário, com o apoio dos entes tributantes, da classe empresarial e de grande parte da população, consideramos que é a ocasião adequada para que sejam analisadas propostas concretas sobre este tema tão importante para o desenvolvimento econômico do Brasil”.

O deputado afirma que, “por estas razões, estamos apresentando a presente Proposta de emenda à Constituição (PEC), que tem por objetivo substituir as contribuições incidentes sobre a folha de salários e sobre a receita ou faturamento pela contribuição sobre a movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira. A contribuição que está sendo proposta é semelhante a já conhecida Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF)”.

Para corroborar a iniciativa, Marcelo Freitas transcreveu trechos do estudo desenvolvido pelo professor Marcos Cintra, intitulado “Movimentação financeira: a base de uma contribuição para o INSS em substituição à folha de pagamentos”, que demonstra com argumentos sólidos e de forma didática a conveniência e viabilidade da alteração constante desta PEC: “A proposta de desonerar a folha de pagamentos das empresas mediante a eliminação das contribuições patronais previdenciárias poderá́ ser forte fator indutor para a formalização de empregos, a inclusão dos não filiados à Previdência Social, e, ao reduzir o custo do trabalho, poderá́ ́estimular a expansão do emprego. O fim do INSS patronal proporcionará́ redução de cerca de 60% no custo tributário trabalhista para as empresas”, observa.

De acordo com Marcelo Freitas, o estudo de Marcos Cintra mostra que, “ a adoção da movimentação financeira como alternativa para substituir a contribuição previdenciária incidente sobre a folha de pagamentos das empresas implica importantes vantagens: Desonera a folha de pagamentos das empresas, barateando os custos de produção, principalmente nos setores terciários, mais intensivos em mão de obra; Estimula a demanda por trabalho assalariado, reduzindo a tendência de excessiva terceirização motivada por altos encargos trabalhistas; Combate o desemprego ao baratear a contratação de mão de obra; Estimula a formalização das relações trabalhistas, uma vez que a crescente proporção do trabalho informal compromete a qualidade das relações trabalhistas no Brasil”.

Além disso, prossegue o deputado que, na visão do professor, a medida “reduz os custos tributários incidentes sobre o trabalho, abrindo espaço para a redução dos custos de produção e contribuindo para o controle da inflação; Aumenta a competitividade dos produtos brasileiros diante de seus concorrentes externos mediante a eliminação da contribuição patronal ao INSS (redução de custos de produção); Permite desonerar as exportações, uma vez que ocorreria a substituição de um tributo não desonerável (o INSS patronal), por outro, cuja base, a movimentação financeira possibilita a desoneração total. As exportações seriam favorecidas e os produtos nacionais encontrariam condições mais justas de concorrência com a produção importada; Cria um modelo de financiamento que proporciona receitas mais estáveis ao INSS, uma vez que a base de movimentação financeira é menos volátil que a massa salarial. A renda e o emprego são variáveis vulneráveis às oscilações da atividade econômica”.

“As conclusões podem ser resumidas nos seguintes tópicos: Do ponto de vista macroeconômico, bem como para evitar a crescente informalização do mercado de trabalho e, consequentemente, o enfraquecimento das fontes de financiamento da previdência social, é aconselhável que se busque a imediata desoneração da folha de pagamentos das empresas de suas obrigações previdenciárias. Por ser fundamentalmente uma opção de política pública, e não uma escolha de seguro individual, os custos do INSS devem ser suportados por toda a sociedade, e não apenas pelos integrantes do mercado de trabalho, como aliás já previsto na Constituição brasileira. Considerando a inviabilidade imediata da alteração do sistema previdenciário, e levando em conta os elevados custos de transição resultantes de uma mudança para um regime de capitalização, torna-se necessária a continuidade do sistema de repartição. Nesse caso, encontra-se mais uma justificativa conceitual para o deslocamento do fato gerador das contribuições previdenciárias da folha de salários (base de valor agregado) para o faturamento ou movimentação financeira (base cumulativa)”, aponta Marcos Cintra.

Deputado espera aprovar PEC da desoneração
DEPUTADO Delegado Marcelo Freitas espera aprovar PEC da desoneração da folha de pagamento

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Recomendadas a você

Crise climática é prioridade da Assembleia Legislativa
Crise climática é prioridade da Assembleia Legislativa
Candidatos à Prefeitura poderão gastar quase R$ 4 mi
Candidatos à Prefeitura poderão gastar quase R$ 4 mi
Escolha do vice pode rachar base governista
Escolha do vice pode rachar base governista
Ruy Muniz prestigia empreendedores em Montes Claros
Ruy Muniz prestigia empreendedores em Montes Claros
Cimams é selecionado para 3ª etapa do projeto Consim
Cimams é selecionado para 3ª etapa do projeto Consim
União formaliza candidatura de Guilherme à Prefeitura
União formaliza candidatura de Guilherme à Prefeitura
Governos de Minas e EUA podem produzir energia renovável
Governos de Minas e EUA podem produzir energia renovável
Assembleia suspende tramitação do projeto de adesão ao RRF
Assembleia suspende tramitação do projeto de adesão ao RRF
Aberto prazo para transferência temporária de local de votação
Sudene abriu inscrições para selecionar projetos na área de assistência social
Cidades mineiras recebem mais de R$ 230 mi de FPM
Convenções partidárias têm início neste sábado
Fachin atende Zema e estende prazo para Minas aderir ao RRF
Senado vai debater PEC que perdoa e parcela dívidas dos partidos políticos
Cimams sedia encontro do Programa Mais Médicos
Senado e governo não chegam a acordo sobre a desoneração
Aberto prazo para transferência temporária de local de votação
Crise climática é prioridade da Assembleia Legislativa
TRE assinou acordo de cooperação com Cemig
Candidatos à Prefeitura poderão gastar quase R$ 4 mi
Fonte solar avança e ultrapassa R$ 208,2 bi em investimentos