Ao participar da reunião da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, realizada na última sexta- -feira, em Montes Claros, em que se discutiu sobre a revisão 2025 do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 2024-2027, o deputado federal Paulo Guedes, do PT, criticou o valor reduzido destinado pelo governo para as emendas participativas: R$ 25 milhões em um orçamento total de R$ 143 bilhões, o considerando irrisório em função das necessidades. Além disso, atacou o governador Romeu Zema, do Novo, pela extinção da Secretaria de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas (Sedinor), criada para defender os interesses desta porção de Minas. O petista defende o retorno da pasta como forma de contribuir para acelerar o desenvolvimento regional. “Devolva nossa secretaria”, disparou.
O parlamentar, que já comandou a Sedinor no governo Fernando Pimentel, do PT, quando exercia mandato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), mais uma vez não poupou críticas ao governo Romeu Zema, em função do tratamento dado à região, desde o primeiro mandato, que considera insuficiente para resolver seus problemas e atender a população. Reeleito nas eleições de 2022 para cumprir o segundo mandato na Câmara dos Deputados, Paulo Guedes, disse mais uma vez não entender os motivos que levaram o governo do Estado a acabar com a Sedinor, em função de sua importância para atender as demandas dos municípios do Norte e Nordeste de Minas, que precisam de atenção especial para atacar seus problemas crônicos e melhorar a qualidade de vida da população.
Durante sua manifestação na reunião de discussão do PPAG, Paulo Guedes listou uma série de ações desenvolvidas pela Sedinor, que considera essencial para pelo menos amenizar as dificuldades da região, sendo um dos principais a crise hídrica, que impede esta porção do estado de acelerar seu desenvolvimento socioeconômico. Ele não concorda com a explicação do governo Romeu Zema, de que o fechamento da Secretaria se deu para cortar gastos, ao frisar que isso não ocorreu efetivamente e que os benefícios proporcionados à sua área de abrangência justificavam sua manutenção no organograma do estado.
“Na sexta-feira, foi realizada em Montes Claros a reunião do PPAG 2024-2027, que dialoga com a população as necessidades da região e quais projetos devem fazer parte do orçamento nos próximos anos. Neste encontro, discutimos os problemas que o Norte de Minas vem enfrentando desde que o governador Romeu Zema assumiu o executivo do estado, o principal foi o fechamento da Sedinor. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais era responsável pela distribuição de sementes, coordenava o Leite Pela Vida e o programa de cisternas, direcionava recursos para agricultura familiar, dentre outros projetos, porém foi fechada pelo governador com a desculpa de que deveriam cortar gastos”, afirmou Paulo Guedes.
“Há muito tempo, venho denunciando o descaso do governo do estado com nossa região. São obras anunciadas que nunca saíram do papel, o sucateamento das entidades que auxiliam as famílias mais vulneráveis e até o cancelamento de ações culturais como o Dia dos Gerais. Mas toda essa sabotagem não vai parar a nossa luta por direitos, pois somos um povo forte e trabalhador. Nós vamos continuar cobrando até que sejamos tratados com respeito e dignidade!”, prosseguiu o petista. O deputado criticou ainda, o valor reduzido destinado pelo governo para as emendas participativas: R$ 25 milhões em um orçamento total de R$ 143 bilhões. Para ele, isso significa falta de respeito para com a população.