Após ser picada por um escorpião em Varzelândia, no Norte de Minas, uma criança, de 2 anos, foi transferida para um hospital de Montes Claros em estado grave. A menina recebeu atendimento médico no Hospital Universitário Clemente de Faria e, depois, foi transferida para o Hospital das Clínicas Mário Ribeiro. A assessoria da unidade informou na manhã dessa quinta- -feira (16), que ela está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) pediátrico em estado nada bom.
A secretária de saúde do município, Célia de Fátima Fialho Dias, disse que a menina mora na zona rural, na comunidade de São Vicente, e foi picada no pé, no dia 8 de novembro. “Ela deu entrada no hospital de Varzelândia no dia 8, foi medicada e levada, imediatamente, para São João da Ponte, acompanhada de dois médicos. No dia seguinte, foi transferida para Montes Claros”. Segundo ela, a menina foi levada para São João da Ponte, que fica a cerca de 30 quilômetros de Varzelândia, porque no hospital do município não tem soro antiescorpiônico.
CASOS NA CIDADE – Em um comunicado publicado nas redes sociais, a Prefeitura de Varzelândia informou que neste ano, já foram registrados 120 casos de picadas por animais peçonhentos. Desse total, 116 foram por escorpião.
No dia 27 de outubro, um menino, de 7 anos, morreu depois de ser picado por um escorpião. A secretária de saúde contou que a criança morava na Comunidade de Taboal, recebeu os primeiros atendimentos na cidade e foi levada para o hospital de referência em São João da Ponte, mas morreu horas depois. No comunicado, a prefeitura afirma que foram tomadas todas as medidas cabíveis para que o município volte a receber o soro antiescorpiônico e aguarda um posicionamento do estado.
“Ofícios, solicitações via e-mail e presencial com documentação apresentando o quadro do município quanto aos acidentes com escorpiões, tudo que rege o protocolo exigido pelo governo do estado, foi feito. Segundo a Gerência Regional de Saúde (GRS), uma análise será realizada para ver a possibilidade de atender as inúmeras solicitações da prefeitura. A GRS informou que ainda não tem previsão de término ou prazo estipulado para a avaliação e deferimento ou não das solicitações”, diz um trecho da nota.