Novos dados divulgados do Censo 2022 divulgados nessa sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram como é o acesso ao saneamento básico e à coleta de lixo nos municípios do Brasil. Os indicadores melhoraram desde 2010.
O percentual de pessoas vivendo em lares com descarte adequado de esgoto subiu de 64,5% para 75,5; com banheiro exclusivo (não compartilhado), de 64,5% para 97,8%; com coleta de lixo, de 85,8% para 90,9%; com ligação à rede geral de água (a forma mais comum), de 81,5% para 86,6% (incluídos os que não utilizam a rede como forma principal).
O município de Montes Claros aparece bem no levantamento. Em 2022, 99,73% da população tinham água canalizada, 94,96% da população tinham coleta de esgoto, 99,8% dos moradores contavam com banheiro em casa, e 96,59% dos residentes eram contemplados com coleta de lixo. Montes Claros tem uma população de 414.240 habitantes, sendo 215.465 mulheres e 198.775 homens. Os serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto são operados pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e a coleta de lixo é feita pela Prefeitura.
NA CONTRAMÃO
Mesmo com o avanço ocorrido desde 2010, ainda assim, em 2022, o Brasil tinha 49 milhões de pessoas em residências sem descarte adequado de esgoto (24% da população); 18 milhões sem coleta de lixo (9%); 6 milhões sem abastecimento de água adequado (3%); e 1,2 milhão sem banheiro ou sequer um sanitário (0,6%).
DIVULGAÇÃO
As informações do Censo 2022 começaram a ser divulgadas em junho de 2023. Desde então, foi possível saber que: o Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções iniciais; o país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso.
Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros; 1,3 milhão de pessoas que se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez na História em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo; O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas; Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu.
Também pela primeira vez, o instituto mapeou todas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do país, e constatou que o Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos. Após 50 anos, termo favela voltou a ser usado no Censo.