Uma mensagem de e-mail ou uma chamada telefônica é a ação necessária para se fazer uma notificação ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (Cievs-Minas). Com o seu núcleo situado na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, o Cievs-Minas é responsável por coordenar situações de crise e acompanhar agravos com elevado potencial de disseminação ou risco à saúde. E para garantir o andamento ininterrupto do trabalho, o centro opera em regime de plantão.
“A partir desse acompanhamento, podemos avaliar a situação epidemiológica em Minas de forma mais precisa e agir de maneira oportuna”, afirma o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Fábio Baccheretti, destacando que o monitoramento feito pela equipe do Cievs-Minas é fundamental no atual cenário de alta incidência de dengue e chikungunya.
O subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Campos Prosdocimi, reforça a atuação do Cievs-Minas nos sete dias da semana. “Estamos sempre a postos para tirar as dúvidas e auxiliar os profissionais de saúde no manejo das arboviroses. Além disso, todos os municípios devem acionar o centro o mais rápido possível para comunicar de maneira formal a ocorrência de agravos”, alerta. Os canais de comunicação oficial do Cievs-Minas são o telefone (31) 99744-6983 e o E-notifica (notifica.se@saude.mg.gov.br).
EM TEMPO REAL – A coordenadora do Cievs-Minas, Eva Lídia Arcoverde, detalha que o Centro atua em tempo real, como Rede Integrada de Vigilância, Assistência e Laboratório para identificação, monitoramento e controle de eventos que ameacem a saúde da população no estado.
“O plantão funciona todos os dias, em todos os horários, inclusive sábados, domingos e feriados. Nosso principal propósito é captar e tirar dúvidas dos profissionais que estão na ponta, em atendimento ao paciente. E para disponibilizar esse suporte, contamos com uma equipe multiprofissional, composta por médicos, infectologistas, neurologistas, pediatras, infecto-pediatras, dermatologistas e psiquiatras. Temos também as equipes de técnicos de saúde, com enfermeiros, psicólogos, médicos veterinários, biólogos e biomédicos”, detalha.
NOTIFICAÇÃO IMEDIATA – Eva Lídia Arcoverde reforça que a notificação imediata é imprescindível para que se tenha uma resposta oportuna frente a uma emergência em saúde pública. Dessa forma, os agravos de notificação imediata devem ser notificados em no máximo 24 horas, a partir do momento da suspeita inicial.
“São doenças com grande risco de disseminação ou elevado potencial para causar emergência em saúde pública e, por isso, precisam ser imediatamente notificadas pelo profissional de saúde, para que a Rede Integrada de Vigilância, Assistência e Laboratório seja acionada.
MANEJO CLÍNICO- Para preparar os profissionais de saúde para atuarem na resposta assistencial e no atendimento de pacientes com suspeita de dengue, zika e chikungunya, a SES-MG iniciou nesSa quarta- -feira, em Belo Horizonte, a oficina de qualificação em manejo clínico para arboviroses.
“Fazer o manejo clínico adequado desses pacientes e atuar com a rapidez necessária para identificação do caso é fundamental para se evitar a ocorrência de mais óbitos no estado”, pontua a diretora de Vigilância de Doenças Transmissíveis e Imunização da SES-MG, Marcela Lencine. A oficina aconteceu até essa quinta-feira e recebeu gestores e secretários municipais, profissionais da vigilância em saúde, comunicação e assistência.
CENÁRIO EM MINAS – Minas Gerais registrou, até o momento, 121.412 casos prováveis de dengue e 9 óbitos confirmados pela doença. Já com relação à chikungunya, são 14.835 casos prováveis e um óbito. Os dados de incidência de dengue, zika e chikungunya no estado estão disponíveis no Painel Arboviroses: Vigilância Epidemiológica, atualizado diariamente.