Candidato à presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (CREA-MG), Marcos Gervásio foi condenado, em 2016, por improbidade administrativa sob acusação de ter endossado cheques emitidos pela prefeitura de Dionísio (MG) por serviços não prestados pela sua empresa, a Gervásio Engenharia Projetos e Construções Ltda, que mantinha contrato com o município. O réu foi proibido de celebrar contratos com a administração pública.
Na época, os valores foram levantados em R$ 74 mil por serviços comprovados como inexistentes, após investigação, que teriam sido prestados pela empresa de engenharia e projetos do réu à prefeitura. Gervásio, segundo a condenação, endossou os cheques nos valores para favorecer o então prefeito José Henriques, com quem mantinha relação de amizade.
O candidato à presidência do CREA-MG também possui processos por dívidas não quitadas com instituição financeira e órgãos públicos, em valores superiores a R$ 1,85 milhão e que se arrastam há anos. Os débitos, após tentativas infrutíferas de cobranças dos credores, somente foram objeto de acordos e parcelamentos por parte de Gervásio, em 2023, coincidindo com a exigência de apresentação de certidões negativas pelo CREA-MG aos candidatos para estarem aptos a concorrer no processo eleitoral.
As iniciativas do engenheiro Marcos Gervásio foram avaliadas por pessoas com trânsito no CREA-MG, sob a condição de anonimato, como um modo de ele apenas ter se tornado apto a concorrer às eleições do Conselho, tendo em vista que as ações contra suas empresas foram iniciadas há bastante tempo e, até então, as instituições não tinham obtido êxito nas cobranças. Os interlocutores ouvidos pela não creem na intenção de o empresário realmente O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) participa, nesta quarta-feira (8), às 10 horas, de Audiência Pública na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião tem por finalidade debater a necessidade de estruturar estratégias de prevenção e enfrentamento aos potenciais danos gerados pelas barragens do Estado, em especial à saúde, apresentando uma política estadual de atenção integral à saúde das populações atingidas por barragens. A audiência é uma resposta a pedido feito pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (CAO-Saúde) e pela Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Centro (CRDS-Centro). estar disposto a quitar as dívidas.
Somente com o Banco Santander a empresa de Marcos Gervásio tem uma dívida de R$ 1,2 milhão relativa a crédito concedido pelo banco, em 2018. Desde então, entre novos acordos pactuados e não cumpridos para o pagamento da dívida, além de uma mudança de endereço da empresa que não foi informada, o pedido de busca e apreensão solicitado pelo Santander foi suspenso em razão da celebração de um acordo para o parcelamento da dívida, em maio de 2023, às vésperas de sua candidatura ao comando do CREA-MG.
Segundo as acusações, empresas de Gervásio têm ainda contra si cobranças do Ministério da Fazenda e da União que perfazem R$ 656 mil e, até então, inscritas na dívida ativa. Como o valor não foi quitado, a ação recaiu sobre ele, por ser o proprietário. Neste ano, o candidato fechou acordo de parcelamento das dívidas com os órgãos, que emitiram as certidões negativas. (Fonte: Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG).