O Estado de Minas Gerais vem desenvolvendo um esforço contínuo para promover a segurança de barragens e reduzir os riscos associados a essas estruturas. Por meio de ações de controle e monitoramento, o Governo de Minas e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) acompanham a situação das 260 barragens de mineração e indústria cadastradas atualmente no Estado e a evolução dos procedimentos para garantir a segurança das estruturas, por meio de instrumentos de gestão, controle e transparência precursores no país.
Nessa segunda-feira (26), foi confirmada a redução do nível de emergência. A barragem estava em nível máximo de emergência desde 2019, o que indicava risco iminente para a comunidade local e o meio ambiente.
De acordo com a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), órgão estadual que coordena a Política Estadual de Segurança de Barragens, essa evolução foi possível devido à ampliação do conhecimento sobre as condições de estabilidade e o avanço das obras de descaracterização da estrutura. As investigações geológico-geotécnicas na barragem, bem como a intensificação dos trabalhos de incremento da instrumentação, possibilitam o aumento no conhecimento da estrutura e melhor acurácia das análises de estabilidade.
A Feam, em parceria com o Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Caoma-MPMG), vem acompanhando de perto esse processo junto ao empreendedor. Em sessão técnica realizada no último dia 17 de julho, a Vale reportou os avanços obtidos com estudos mais aprimorados, que apresentavam uma realidade mais fidedigna dos fatores de segurança da estrutura. Com o avanço dos estudos e uma modelagem tridimensional, que comporta melhor as singularidades da estrutura, estimou- -se um ganho de segurança, em relação ao modelo bidimensional usado anteriormente, de cerca de 23%.