A Assembleia Legislativa de Minas Gerais e parceiros começam a se debruçar em busca de alternativas para se conviver com a crise climática no estado de forma menos traumática – seca e chuvas intensas -, que causam problemas de toda ordem. Na tarde dessa quinta-feira, representantes dos grupos de trabalho do Seminário Técnico Crise Climática em Minas Gerais – Desafios na Convivência com a Seca e Chuva Extrema -, se reuniram pela primeira vez na sede do parlamento mineiro e iniciaram os debates. Integrantes de instituições como universidades, órgãos públicos e entidades da sociedade civil receberam informações sobre a estrutura e o cronograma do seminário.
O Seminário foi anunciado pelo presidente da Assembleia, deputado Tadeu Martins Leite, o Tadeuzinho, do MDB, ao destacar a preocupação com a seca cada vez mais intensa no Norte de Minas e às vezes com chuvas intensas, que causam problemas. A proposta é identificar meios para amenizar as crises climáticas, de forma a prejudicar menos a população.
As discussões dos grupos de trabalho serão divididas em quatro eixos temáticos: ambiental, social, econômico-produtivo e institucional. As reuniões serão online e terão início no dia 4 de abril. O objetivo dessa etapa é analisar os planos e políticas públicas já existentes e apresentar sugestões para aprimorá-los. Além disso, os grupos de trabalho poderão indicar experiências exitosas de convivência com a seca e a chuva extrema, sugerir debatedores para participar dos encontros regionais e indicar temas e formatos para a etapa final do seminário.
A fase de interiorização do evento terá início em maio. Serão realizados encontros regionais em cinco cidades, ainda não definidas. O seminário técnico será realizado na ALMG nos dias 8 e 9 de agosto. Os participantes do evento deverão identificar diretrizes de atuação legislativa e governamental para o enfrentamento da transformação climática, cujas consequências já são sentidas em Minas Gerais, com o agravamento das estiagens e a intensificação das chuvas torrenciais.
As sugestões apresentadas ao final do seminário poderão se desdobrar em pedidos de providências para autoridades, projetos de lei para aprimorar as políticas públicas já existentes e emendas ao Orçamento do Estado e ao Plano Plurianual de Ação Governamental, que detalham os gastos públicos em ações e programas de enfrentamento da crise climática.
O seminário técnico tem o objetivo de construir soluções estruturantes e de longo prazo para a convivência com os fenômenos climáticos extremos. Além disso, por meio de parceria da ALMG com o BH-TEC, serão fomentados projetos de inovação tecnológica voltados para o enfrentamento da crise climática.