O assassinato do universitário do curso de Direito, Vinícius Cordeiro, o Viniscão, ocorrido no dia 16 de abril de 2016, numa boate no Bairro Ibituruna, em Montes Claros, completa oito anos nesta terça-feira (16/4). Ele foi assassinado a tiros pelo ex-agente penitenciário Luiz Fernando Aquino, que ainda se encontra foragido, após ter sido condenado a quase 50 anos de prisão pela Justiça.
O advogado Afonso Contador não se conforma com a liberação do condenado na época, que conseguiu durante um tratamento médico ortopédico fugir de sua casa, em Montes Claros, depois de cumprir apenas uma pequena parte da pena na cadeia de Bocaiúva.
Todos os anos, nesta data, a impunidade sobre a morte de Viniscão é lembrada e diversas atividades são realizadas pela família do universitário morto pelo atirador, que ainda efetuou vários tiros em outras quatro pessoas, inclusive, na época, um investigador da Polícia Civil montes-clarense.
Diante dos fatos apresentados na denúncia oferecida pela Promotoria Pública de Montes Claros, é considerado “misterioso” e estranho o paradeiro de Luiz Fernando Aquino. Enquanto isso, a polícia e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusc) ainda não conseguiram capturar o criminoso, que fugiu depois de danificar uma tornozeleira eletrônica e jogá-la em um coletor de lixo, no Bairro Funcionários, em Montes Claros.
“A impunidade faz com que o autor desse bárbaro crime fique cada vez mais impune e ainda desaparecido, reagem Afonso Contador e família, que sofrem nesses oito anos com a dor da perda de um jovem “cheio de futuro pela frente”, lembra emocionado o pai da vítima ao NOVO JORNAL DE NOTÍCIAS.
“Até hoje, as autoridades não têm nenhuma pista que possa chegar até Luiz Fernando, que possui, conforme os autos do processo penal, uma extensa ficha criminal. Foi um crime cruel cometido por um ex-agente do Estado”, afirma.
“A procura é intensa, mas até o momento, não se tem nenhuma informação sobre o paradeiro do homicida, que continua desafiando a polícia e a Justiça”, lamentam profundamente ao NJN, Afonso Cordeiro, familiares e uma grande legião de amigos.