A Agência Nacional de Petróleo (ANP) vai investir no projeto do Grupo Potencial, que prevê um investimento de R$ 1,7 bilhão na construção de uma nova usina em Lapa (PR), com capacidade de 900 milhões de litros de biodiesel por ano e previsão de início das operações em 2026.
Enquanto isso, o setor de cana-de-açúcar praticamente não investe no aumento da capacidade de produção de etanol de primeira geração. Uma das poucas empresas a anunciar tal investimento foi a CMAA, que em abril informou que destinará R$ 3,5 bilhões para elevar sua capacidade industrial de 10 milhões para 18 milhões de toneladas até 2033.
Recentemente, a BP Bunge também anunciou um aporte de R$ 530 milhões para ampliar a capacidade de moagem de cana e a produção de etanol em sua unidade em Pedro Afonso, Tocantins.
No entanto, os investimentos no setor de cana estão mais concentrados no etanol de segunda geração, feito a partir de bagaço e palha, liderados principalmente pela Raízen, que tem quatro plantas de E2G em construção e outras três em fase de projeto.
Outra área de destaque nos investimentos do setor é a produção de biogás e biometano. A Associação Brasileira de Biogás (Abiogás) informa que suas associadas planejam aumentar a capacidade de produção em 7 milhões de metros cúbicos de biometano por dia até 2029, o que exigirá investimentos de R$ 7 bilhões.
Atualmente, o setor tem autorização da agência reguladora para vender 417 mil metros cúbicos por dia e aguarda aprovação para mais 1,6 milhão de metros cúbicos diários de capacidade.
“Os grandes investidores não estão mais focados em energia elétrica, pois os retornos não são mais atraentes. A tendência é que os projetos de menor porte sejam voltados para a geração de biogás [para energia], enquanto os maiores estarão focados no biometano [como combustível veicular]”, afirma Renata Isfer, presidente da Abiogás.