A Agência Peixe Vivo comentou sobre o andamento dos projetos em execução na Bacia do Velhas financiados com recursos do CBH do Rio das Velhas. E a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) apresentou detalhes sobre a qualidade de água nas análises realizadas nas Estações de Tratamento de Bela Fama e Morro Redondo.
Nelson Cunha Guimarães, superintendente de desenvolvimento ambiental da Copasa, explicou que 117 parâmetros de qualidade são monitorados, em oito pontos de coleta. Os dados apresentados, de 2018 a 2024, considerando os testes feitos à montante do ponto de captação no Rio das Velhas, indicam a qualidade da água ao longo dos anos. “Os parâmetros de turbidez, concentração de ferro, alumínio e manganês ficaram dentro do previsto. A medição de arsênio e mercúrio ficaram abaixo do nível de quantificação. Na análise de turbidez a gente preconiza que os índices fiquem abaixo de 1. E na maior parte das amostragens do Velhas os resultados tem ficado abaixo de 0,3, o que a gente considera bastante positivo”, comentou Nelson.
A Reunião Plenária contou com a participação de representantes de vários municípios e sub-bacias do Velhas, que destacaram a necessidade de unir esforços e integrar diferentes setores para criar e implantar ações visando a preservação dos recursos hídricos. “Não vamos sobreviver enquanto bacia hidrográfica se não olharmos para esse assunto com a gravidade necessária. É uma situação emergencial e precisaremos ter coragem para fazer o que precisa ser feito”, comentou Maria Tereza Corujo, representante do Subcomitê Águas do Gandarela.
A diretoria do CBH Rio das Velhas garantiu que vai manter os esforços necessários para preservar a bacia e enfrentar os efeitos das mudanças climáticas, aprimorando as ações adotadas com o objetivo de oferecer segurança hídrica para a população. “Em função deste último cenário de mortandade na bacia, a diretoria se reuniu para discutir a situação do rio.
E pensamos em várias estratégias que vamos discutir com outros órgãos, como a Copasa, para avaliar quais foram os avanços, quais foram as regressões, e em quais trechos isso está acontecendo. Também vamos buscar uma parceria com o Serviço Geológico Do Brasil para ampliar o sistema de monitoramento telemétrico da água no Velhas e depois estender isso para o restante do rio, para que a gente continue a cuidar do Velhas”, finalizou Poliana Valgas.