A Cachaça Bandarra, do município de Salinas, no Norte de Minas conquistou a medalha de ouro no The Spirits Selection 2023, do Concurso Mundial de Bruxelas, realizado em Treviso, na Itália.
Para o proprietário da Bandarra, Elber Sales, essa conquista é muito importante para a consolidação da qualidade de seus produtos. “Nos chancela como uma das pequenas empresas do ramo de cachaça com presença internacional”, declara.
Ele reforça a seriedade do concurso e relata que a empresa já está se beneficiando com o reconhecimento, com o aumento da demanda em função da divulgação da conquista. Outro ponto importante do prêmio para o gestor, é o fato dele sinalizar de que a companhia está no caminho certo e que ela tem se destacado em relação a seus concorrentes, principalmente de Salinas, que é considerada a capital mundial da cachaça. “Então, nós temos nossa marca se destacando. É de suma importância para a gente explorar e ganhar mais mercado, agora, e desenvolver tanto aqui quanto lá fora”, completa.
O empresário acredita que esse tipo de reconhecimento pode servir para estimular a concorrência a participar de concursos semelhantes ao Mundial de Bruxelas. “Cada medalha ganha seja por cachaça de Salinas ou artesanal de qualquer lugar do País, só ajuda a gente se posicionar de uma forma diferenciada no mercado mundial e nacional também”, afirma.
A cada três municípios produtores de cachaça, um está localizado em Minas. É o que aponta o Anuário da Cachaça 2021, divulgado pelo Ministério da Agricultura no ano passado. O Estado conta com mais de 350 cachaçarias e cerca de 2,2 mil marcas diferentes.
Entre as cidades que produzem a bebida, o destaque é Salinas com o maior número de estabelecimentos produtores, são 16 no total. Já o município de Córrego Fundo, na Região Sudoeste de Minas, é reconhecido por ter a maior concentração de empreendimentos de cachaça por habitante no Brasil, com 643 residentes para cada instalação.
Entre os meses de janeiro e julho deste ano, as exportações de cachaça de Minas Gerais somaram receita de US$ 1,2 milhão e 221 toneladas embarcadas. Isso representa um crescimento de 5,5% no valor e 12,9% no volume, em comparação com o mesmo período do ano anterior. É o que apontam os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Os principais compradores do destilado mineiro no intervalo foram Uruguai, Itália e Estados Unidos.