Começam nesta quinta-feira (19), no Parque de Exposições João Alencar Athayde em Montes Claros, o 6º Congresso Brasileiro de Palma e Outras Forrageiras para o Semiárido e o Palmatech 2023, às 9h30. O encontro vai reunir pesquisadores, produtores rurais, técnicos e interessados nas mais novas tecnologias envolvendo essa e outras cactáceas, culturas ainda consideradas exóticas ou apenas ornamentais para muitos brasileiros, porém uma riquíssima alternativa de alimentação humana e animal no semiárido e em países da América Latina.
Esta será a primeira vez que o congresso é realizado fora da região Nordeste do Brasil. Os temas tratam do manejo da planta e seu uso na pecuária, outras forrageiras adaptadas ao semiárido, fruticultura das cactáceas, assistência técnica e gestão. Um dia de campo e uma cozinha show completam a programação. Além disso, haverá a apresentação de trabalhos técnico científicos durante a programação do evento.
O congresso é organizado pela Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), com apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa-PB), Sicoob Crediminas e Banco do Nordeste.
A palma forrageira é uma alternativa para complementar a alimentação do gado, além de ajudar na hidratação, já que é composta por cerca de 90% de água. É rica em carboidratos não fibrosos, ingrediente fundamental na formulação e balanceamento de dietas para ruminantes. Deve ser associada com alimentos ricos em fibra, como, por exemplo, capins, silagem, feno ou cana. O plantio da palma deve ser feito cerca de 30 dias antes do início do período chuvoso, e a primeira colheita se dá normalmente depois de dois anos, a partir daí a colheita pode ser realizada anualmente.
“Provavelmente a palma é a tecnologia mais importante que apareceu para o semiárido”, afirma Luiz Rodolfo, que também é mestre em nutrição de ruminantes com a palma forrageira. “O produtor tem que entender que a palma pode ser o diferencial entre ele lucrar ou não na propriedade. Conseguimos ter custos de produção e produtividade de animais muito eficientes com a palma hoje e até climas fora do semiárido tem potencial para utilizar a palma e obter bons resultados”, analisa.
Produtores do semiárido tem acesso a cursos de capacitação e assistência técnica e gerencial que incluem a palma em seus conteúdos, oferecidos gratuitamente pelo Sistema Faemg Senar. Além de sua aplicação na alimentação dos animais, o Senar Minas conta com o curso de Palma na Alimentação Humana, que ensina receitas utilizando a planta.
A entidade ainda promove o Programa Palmas para Minas, que incentiva a produção da palma forrageira como alternativa para alimentação dos rebanhos, reduzindo custos de produção e riscos de perdas.