A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) cobrou do governo do estado o fim da burocracia ambiental no Norte de Minas como forma de gerar aproximadamente 30 mil empregos na região. O presidente da Amams e prefeito de Padre Carvalho, José Nilson bispo de Sá, o “Nilsinho”, citou como exemplo o projeto da SAM Metais, que tramita há 13 anos, aguardando a licença ambiental. O projeto de 6 bilhões de dólares e geração de 6.200 empregos, corre risco de se frustrar, com os investidores desistindo da iniciativa por causa desta burocracia. Ele participou do Fórum de Minas, organizado pela Viver Brasil e transmitido pelo youtube. “Nilsinho” e o prefeito de Montes Claros, Humberto Souto, representaram os municípios do Norte de Minas.
O presidente da Amams sugeriu que o governador Romeu Zema, do Novo, siga a estratégia adotada pelo Procurador Geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, que ao receber a queixa contra o projeto da SAM, entrou num helicóptero e sobrevoou a área do projeto, constatando serem infundadas as queixas. Para o dirigente municipalista, o chefe do Executivo mineiro poderia colocar a pessoa que está analisando a licença ambiental num helicóptero e sobrevoar a área.
Ele lembrou ainda que o projeto prevê a construção da barragem de Vacaria, que fomentaria a agricultura familiar par 6 mil famílias. Nilsinho ainda destacou a importância da barragem de Berizal, embargada desde o dia 2 de julho de 2002 e até hoje sem obter o licenciamento, apesar de 60% da obra executada e que pode transformar o Alto Rio Pardo num grande produtor de frutas e grãos, nos moldes do Projeto Jaíba, o maior de irrigação da América Latina. Também pediu para acelerar o Projeto Jequitaí, que irrigará 60 mil hectares na produção de grãos e frutas em 14 municípios. A obra tem uma rubrica de R$ 200 milhões no orçamento, mas depende da licença ambiental. Por fim, o presidente mostrou que Romeu Zema deve priorizar o Norte de Minas para ajudar no desenvolvimento regional.