Depois de investir cerca de R$ 300 milhões nos últimos cinco anos, a Hipolabor tem planos de investimentos de aproximadamente mais R$ 200 milhões até 2028, deste total, R$ 40 milhões na unidade de Montes Claros. Consolidada hoje como a maior fabricante de medicamentos genéricos injetáveis do Brasil, a empresa tem planos de pesquisa para o desenvolvimento de drogas biossimilares e inovadoras, novas áreas de atuação para a companhia, que completa 40 anos de atividades neste mês.
Com fábricas instaladas nos municípios mineiros de Sabará e Montes Claros e unidade administrativa em Belo Horizonte, a Hipolabor prevê registrar, em 2024, aumento de 10% em faturamento e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Para atingir essa meta, no ano passado, foram investidos R$ 60 milhões em atualização da linha de produção de medicamentos sólidos e, neste ano, será instalada mais uma linha de injetáveis em Montes Claros, resultado de aportes de R$ 40 milhões.
Além dos investimentos na produção de genéricos, a empresa está trilhando novos caminhos em termos de biotecnologia e inovação com o objetivo de ter patentes de moléculas próprias. Atualmente, estão sendo desenvolvidos cerca de 50 princípios ativos para a futura produção de novas drogas, entre genéricas, biológicas, biossimilares e inovadoras. “Nossa meta é, até o final de 2026, protocolar 36 novos pedidos de registro de medicamentos junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa”, afirma o presidente da Hipolabor, Renato Alves.
Outra frente de inovação da empresa ocorre em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A Hipolabor faz parte do grupo que está desenvolvendo uma vacina contra covid-19, cujo estudo clínico está na fase 2. “A terceira fase pode ser iniciada ainda neste ano e a expectativa é de que o imunizante seja submetido à Anvisa em cerca de 18 meses”, explica o presidente da empresa.
Ele afirma que a busca por novas áreas faz parte do processo de evolução da empresa e o investimento em inovação foi acelerado nos últimos três anos. “A pandemia demonstrou que nosso país é muito dependente de matéria-prima importada, majoritariamente da China e da Índia, e decidimos contribuir para melhorar esse cenário, com o desenvolvimento de novas moléculas a partir da biotecnologia”, observa.
Em relação à história da indústria farmacêutica no Brasil nos últimos 40 anos, Alves destaca a criação da Anvisa e a Lei dos Genéricos como os principais marcos. “Tivemos considerável melhoria no padrão sanitário e na qualidade dos medicamentos brasileiros; a nossa agência reguladora é uma das mais rigorosas do mundo, o que levou a indústria farmacêutica nacional a investir cada vez mais em tecnologia”, assinala.
Relatório publicado, em 2023, pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) destacou o bom desempenho da Hipolabor. Entre os grupos econômicos que mais faturaram em 2022 por tipo de produto (Medicamentos Genéricos), a Hipolabor ocupa a oitava posição, sendo a primeira em genéricos injetáveis. Na avaliação dos grupos econômicos que mais faturaram em 2022, a Hipolabor ocupa a 17ª posição geral.
As informações geradas pelo ranking têm o objetivo de fortalecer a transparência, ampliando a capacidade de participação da sociedade nos processos regulatórios e na formulação de políticas públicas no setor de saúde. Os dados foram consolidados em junho de 2023 e contemplam todas as empresas e produtos farmacêuticos regulados pela CMED, constantes da base do Sistema de Acompanhamento do Mercado de Medicamentos (SAMMED) no ano de 2022.
“Nosso crescimento está diretamente relacionado aos constantes investimentos em tecnologia de produção, armazenamento e manuseio dos medicamentos, além de manter nossa excelente equipe capacitada”, afirma o diretor-comercial da Hipolabor, Gustavo Magalhães.