Um vereador da cidade de Manga, no Norte de Minas, investigado pelos crimes de estupro de vulnerável e favorecimento à prostituição, foi preso preventivamente nessa segunda-feira (8/4). Segundo a Polícia Civil, que cumpriu o mandado de prisão, as investigações começaram no dia 8 de fevereiro quando a mãe de um adolescente procurou à delegacia e informou que suspeitava que alguém estaria dando dinheiro para o filho, visando fins sexuais.
“No procedimento, que durou cerca de dois meses, a equipe policial formalizou o depoimento de cinco vítimas [entre 13 e 14 anos] e de outras dez pessoas, dentre representantes legais e testemunhas. […] Com a investigação avançada foi possível reunir todos os elementos probatórios, dentre provas testemunhais e técnicas, inclusive, prints de conversas entre os envolvidos”, informou a PC em nota enviada à imprensa. O inquérito foi encaminhado à Justiça com o indiciamento do investigado por estupro de vulnerável e favorecimento à prostituição.
O QUE DIZ A DEFESA – Em nota enviada à imprensa, o advogado de defesa do vereador, Ulisses Sales, informou que “busca neste momento contestar o decreto prisional, pois entende que estão ausentes os requisitos autorizados deste”. O advogado disse ainda que os fatos serão esclarecidos em momento oportuno.
A Câmara Municipal de Manga se manifestou por meio de nota e demonstrou surpresa com o acontecido. Nota na íntegra: “A Câmara Municipal de Manga- -MG, em virtude do comunicado do mandado de prisão contra o vereador Jackson Cunha, nessa segunda, vêm a público informar que tal fato causou surpresa nesta instituição, no entanto a mesma ainda não fora notificada oficialmente da prisão do vereador.
O poder legislativo informa que em razão do suposto crime ser de natureza privada e vida intima do vereador, considerado crime contra a dignidade sexual, em nada esta casa pode esclarecer por não ter conhecimento dos fatos bem como não se tratar de crime contra a esfera pública.”