Mesmo cobrando da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) investimentos para infraestrutura, o reitor da Unimontes, Wagner Santiago, comemorou a destinação de mais recursos para as universidades estaduais, como prevê a Lei 24.821, de 2024. Entre outras mudanças, a norma elevou de 20% para 30% a destinação de verbas para ciência, tecnologia e inovação, distribuídas pela Fapemig a essas instituições. “Temos essa dívida impagável com a Assembleia. Para o ano que vem, num cenário pessimista, teremos R$ 63 milhões para Unimontes e Uemg. Entre tantas frentes de ataque, nós, da Unimontes, vamos fortalecer a pós-graduação porque, assim, teremos uma pesquisa forte”, adiantou o reitor. Já o pró-reitor de Pesquisa da UFMG, Fernando dos Reis, apontou como “alento” a Proposta de emenda à Constituição (PEC) 378/24, que assegura autonomia científica e administrativa à Fapemig.
O deputado Ricardo Campos, do PT, avaliou que uma região tão rica merece avançar em ciência e tecnologia. Ele comparou os investimentos federais nessa área, na casa de R$ 66 bilhões até 2026, com os estaduais, limitados, segundo ele, à imposição legal de 1% da Receita Corrente Líquida. Já a mensagem enviada pelo presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite, o Tadeuzinho, do MDB, acentuou a importância da ciência e tecnologia para fazer frente a problemas de alcance planetário, como crise climática e a pandemia de Covid-19.
A deputada Beatriz Cerqueira, do PT, presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG, fez um histórico do fórum, iniciado em 2019 e interrompido pela pandemia de Covid-19. “Naquele momento, a ciência sofria os maiores ataques e a tentativa de desconstrução. Então, além da resistência, várias instituições sugeriram também construir uma política de Estado”, afirmou.