LOGO NOVO JORNAL DE NOTÍCIAS
[views count="1" print="0"]

Produtores renegociarão dívidas de crédito rural

Produtores de 16 estados afetados por eventos climáticos ou pela queda de preços agrícolas poderão renegociar dívidas do crédito rural para investimentos, autorizou na última quinta-feira, 28, o Conselho Monetário Nacional (CMN).

Produtores de 16 estados afetados por eventos climáticos ou pela queda de preços agrícolas poderão renegociar dívidas do crédito rural para investimentos, autorizou na última quinta-feira, 28, o Conselho Monetário Nacional (CMN). Os pedidos precisam ser feitos até 31 de maio. Em nota, o Ministério da Fazenda informou que a medida foi necessária porque, na safra 2023/2024, o comportamento climático nas principais regiões produtoras afetou negativamente algumas lavouras, principalmente de soja e milho, reduzindo a produtividade em localidades específicas das regiões Sul, Centro-Oeste e do estado de São Paulo.

Além disso, o Ministério da Agricultura informou que os produtores rurais têm enfrentado dificuldades com a queda no preço da soja, do milho, da carne e do leite em algumas regiões e com insumos caros. As instituições financeiras poderão renegociar, a seu critério, até 100% do valor principal das parcelas com vencimento entre 2 de janeiro e 30 de dezembro deste ano. As linhas de crédito precisam ter sido contratadas até 30 de dezembro do ano passado, e o tomador tem que estar em dia com as parcelas até esta data.

ENQUADRAMENTO – A renegociação abrange parcelas de linhas de crédito rural de investimento contratadas com recursos controlados (recursos equalizados, recursos obrigatórios e recursos dos Fundos Constitucionais do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste). Os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

As atividades produtivas e os estados beneficiados são os seguintes: soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso; bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais; soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina; bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins; soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul; bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

As parcelas renegociadas devem ser corrigidas pelos encargos financeiros contratuais, inclusive para situação de inadimplência quando for o caso. No entanto, as parcelas com vencimento entre 28 de março e 15 de abril de 2024 podem ser corrigidas pelos encargos contratuais para a situação de normalidade, dispensando os encargos extras por causa de inadimplência. O mutuário deve pagar pelo menos os encargos financeiros previstos para este ano, nas respectivas datas de vencimento das parcelas.

Nas linhas de crédito com a última parcela prevista para vencimento em 2024, 2025 ou 2026, até 100% do valor principal das parcelas de 2024 podem ser reprogramados para reembolso em até um ano após o vencimento da última parcela prevista no cronograma de reembolso vigente. Nas operações com a última parcela prevista após 2026, até 100% do principal das parcelas de 2024 devem ser somados ao saldo devedor e redistribuídos nas parcelas a vencerem a partir de 2025.

ESTIMATIVAS – A renegociação abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações aptas à renegociação sejam prorrogadas, o custo será R$ 3,2 bilhões, distribuídos entre 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos Planos Safra 2024/2025.

PRONAF – Quanto às dívidas de operações de crédito do Pronaf com recursos dos fundos constitucionais, o CMN autorizou os mutuários afetados por mudanças climáticas a pedir a renegociação até 120 dias após o vencimento da prestação. Até agora, não havia norma sobre as condições de renegociação após esse prazo. Para as parcelas vencidas há mais de 120 dias, o CMN definiu que devem ser aplicados os encargos para a situação de inadimplência. No entanto, esses encargos serão atrelados aos fundos constitucionais, que cobram juros menores que as demais linhas de crédito rural.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Recomendadas a você

VELÓRIO SÃO GERALDO
Parceria garante revitalização de velório
Município ganha mais 3,7 mil "filhos"
Município ganha mais 3,7 mil "filhos"
Estado promove primeiro Seminário Mineiro de Irrigação
Estado promove primeiro Seminário Mineiro de Irrigação
Agência Móvel da Copasa chega ao Bairro Maracanã na segunda
Agência Móvel da Copasa chega ao Bairro Maracanã na segunda
Uso de óleo de cannabis pauta debate
Uso de óleo de cannabis pauta debate
Projeto incentiva aquisição de sistemas de energia solar
Projeto incentiva aquisição de sistemas de energia solar
Copasa fará licitação em busca de soluções na área de saneamento
Copasa fará licitação em busca de soluções na área de saneamento
Prazo já começou para declaração do ITR
Prazo já começou para declaração do ITR
Realizado encontro da Juventude Rural na região
Aprovada continuidade de licitação do setor elétrico
Sine disponibiliza 125 vagas de empregos em Montes Claros
Ação busca garantir vagas para pessoas com deficiência
Dnocs atua na garantia de direitos e respeito à diversidade
Governo esclarece regras para convocação de deficientes
Tratores compactos facilitam manobras em parreiras estreitas
Agentes do algodão focam no cumprimento de contratos
Cruzeiro assimila o passado para tentar avançar na Sul-Americana
América defende invencibilidade em casa
Exportações enfrentam queda em faturamento e volume
Simulado do Enem garante vaga em universidades públicas
Sisema discute áreas prioritárias