A ampla falta de respeito por parte do Instituto Chico Mendes para com o território norte-mineiro e principalmente com a população do Alto Rio Pardo tem gerado transtornos e prejuízos. Já passou da hora dos gestores municipais, assim como, as casas legislativas dos municípios afetados diretamente cobrarem um posicionamento das autoridades competentes e também dos deputados e senadores que se dizem representantes desta importante região. Infelizmente, a autonomia do território está sendo atropelada de maneira abusiva e amplamente desrespeitosa. A colocação é do jornalista Aurélio Vidal.
Segundo ele, “não podemos aceitar esse tipo de postura por parte de uma instituição que se quer conhecer a realidade do povo do sertão norte-mineiro”, afirma.
ENTENDA O CASO
No município de Rio Pardo de Minas, há segundo ele, uma mobilização está ganhando força entre a população. Conforme ele, o objetivo é evitar os abusos cometidos pelo Instituto Chico Mendes que tem restringido o desenvolvimento econômico da região. Conhecido como o celeiro e a caixa d’água do Alto Rio Pardo, o município possui terras férteis e abundantes fontes de água, ideais para a prática da agricultura.
“No entanto, a história tem mostrado que cada vez que Rio Pardo de Minas vislumbra oportunidades de crescimento, surgem entraves que dificultam o progresso. Um exemplo disso foi a exploração de minério de ferro, que enfrentou obstáculos. Recentemente uma Cooperativa de Silvicultores, por exemplo, teve suas terras invadidas por membros do movimento “Sem Terras” e posteriormente incendiadas, resultando na perda das instalações e da floresta plantada de eucalipto, denuncia Aurélio Vidal.
“E é justamente em meio a esse contexto que surgem as Organizações Não Governamentais (ONGs), com propostas de delimitação de grandes extensões de terras e criações de parques e reservas ambientais dentro da importante região do Alto Rio Pardo. Tudo em nome da preservação ambiental. No entanto, há preocupações legítimas de que tais ações possam inviabilizar economicamente a região”, aponta.
“Contudo, o desafio agora é encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. É fundamental promover um diálogo aberto e transparente entre os diferentes setores envolvidos, buscando soluções que beneficiem tanto a economia local quanto a proteção dos recursos naturais”, sugere.
Para ele, os produtores daquela importante região está mobilizada e consciente da importância de preservar o meio ambiente, mas também almeja um desenvolvimento sustentável que traga benefícios para todos. É hora de encontrar caminhos que conciliem esses interesses e garantam um futuro próspero para o município”, diz.
OPRESSÃO E MULTAS
“Dona Isabel é uma das vítimas desse sistema perverso e cruel. Ela, atualmente com 75 anos de idade, aposentada e recebendo um salário mínimo, é uma das sertanejas que está sendo prejudicada pela gestão do ICMBio – Instituto Chico Mendes sobre a suposta Reserva de Desenvolvimento Sustentável “Nascentes Geraizeiras”, que ainda não tem um plano de manejo estabelecido de fato”, relata.
“Hoje, Isabel encontra-se preocupada e doente devido a uma multa que recebeu do ICMBio no valor atual em torno de R$ 170 mil. O filho dela também recebeu outra multa de mais de R$ 100 mil, em valor atualizado. O que causa estranheza é que as multas foram aplicadas referente a mesma área, mesmo como a suposta reserva ainda não tem um plano de manejo elaborado e estabelecido e que essas multas não têm nenhuma legitimidade”, justifica Vidal.
Segundo ele, famílias humildes que já estão há mais de 80 anos, algumas delas com mais de 100 em terras do sertão mineiro estão sendo oprimidas por uma instituição que foi criada há carca de 10 anos e, de maneira totalmente questionável e duvidosa. A população sertaneja da área impactada não assinaram nenhum tipo de manifesto ou ata, concordando com a criação dessa reserva”, conclui.