O 2º Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação aos Efeitos da Seca (PAB Brasil) tem o intuito de propor e planejar ações estratégicas concretas de curto, médio e longo prazos para combater a desertificação, mitigar os efeitos das secas e prevenir e reverter os quadros de degradação da terra. Segundo a organização, os seminários representam etapas fundamentais que conectam os diferentes segmentos da sociedade, incluindo governos municipais, estaduais e federal.
Durante o evento, os grupos de trabalho debateram quatro eixos relacionados à seca e degradação de terra, englobando gestão de informação, pesquisa e inovação; governança e fortalecimento institucional; melhoria das condições de vida da população afetada; e gestão sustentável para neutralização da degradação da terra. Ainda de acordo com Alexandre Pires, além da elaboração do 2º PAB Brasil, será implementado um Programa de Cultura de Enfrentamento à Desertificação, articulado com outras iniciativas.
Para a elaboração do documento e análise de novas propostas para incorporação e elaboração da 2ª versão, ainda haverá a pactuação com outros órgãos do governo federal e estadual, para a eficiência e eficácia das ações, com previsão de finalização em novembro deste ano. “A apresentação do Plano na COP 2024 dará oportunidade de parcerias financeiras com fundos internacionais, para fortalecer a implementação das ações de combate à desertificação e degradação das terras”, finaliza o diretor.
Durante o evento, o professor Marcos Teixeira da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) apresentou os dados socioeconômicos da região Sudeste. De acordo com o estudioso, houve o aumento das áreas de aridez nos últimos anos no norte fluminense. Segundo o índice integrado de secas (IIS), do Cemaden/MCTI, as secas mais severas na região ocorreram no período 2014-2015 em todo o Sudeste.