Uma onça-parda foi encontrada morta na MGC-135, em Mirabela, nessa quarta-feira (17/4). Segundo a Polícia Militar Rodoviária, uma equipe foi ao KM 315 ao ser acionada por usuários da rodovia. Eles relataram que algumas pessoas estavam parando para tirar fotos, colocando em risco quem passa pelo local. Ainda de acordo com a PMRv, a suspeita é que a onça tenha sido atropelada, mas nenhum condutor entrou em contato comunicando o acidente. Por conta da natureza da ocorrência, a Polícia Militar de Meio Ambiente foi acionada.
“Ao chegarmos no local, a onça se encontrava em estado de putrefação, com a presença de larvas. Por isso, ficou inviável o recolhimento e o transporte para Montes Claros. Não havia marcas de tiros e nada semelhante, possivelmente, se trata mesmo de um atropelamento ocorrido no dia anterior”, detalha o sargento Elton Fabiano Alves de Oliveira, da PM de Meio Ambiente.
Quando o animal apresenta condições de ser recolhido, é feito o encaminhamento para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama. “Nós deslocamos para ver o estado do animal, já que seria interessante fazer o transporte para ser feita taxidermia [método de conservação de corpos de animais], tendo em vista que se trata de um animal raro e que poderia ser usado em exposições com foco em educação ambiental”, completa o sargento.
ONÇA-PARDA – Segundo o Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade a onça-parda pode ocorrer em diferentes biomas do Brasil. Conhecida também por suçuarana, é o segundo maior felino do Brasil, podendo medir de 1,5 a 2,75 metros de comprimento e pesar de 22 a 70 quilos.
“A onça-parda, diferentemente dos grandes felinos, como a onça, não esturra, nem urra. Sua vocalização é similar a um miado. Além do tamanho este animal chama atenção por sua agilidade. Suas patas posteriores, proporcionalmente as maiores entre os felinos, permitem ao animal realizar grandes saltos, tanto em distância quanto em altura, atingir grandes velocidades em distâncias curtas, escalar com exímia destreza e, também, eventualmente, deslocar-se com facilidade na copa das árvores.”