Apesar de em menor número de contratações, mas também em menor número de demissões, as mulheres deram uma contribuição maior para Montes Claros alcançar os superávits de empregos com carteira assinada tanto em novembro como nos 11 primeiros meses de 2023. No nono mês do ano, foram 4.123 admissões contra 3.493 desligamentos e saldo de 630 postos de trabalho com carteira assinada (0,69%). Entre os homens, foram 2.267 contratações ante a 2.041 afastamentos e saldo de 226 vagas ocupadas. Em novembro, 1.856 mulheres foram admitidas, contra 1.451 demissões e superávit de 405 empregos.
De janeiro a novembro, as atividades econômicas de Montes Claros fizeram 41.794 admissões contra 38.904 desligamentos e superávit de 2.891 postos de trabalho (3,23%). Do saldo, 1.714 são mulheres e 1.177 homens. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados no último dia 28, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O Setor de Serviços se destacou tanto no desempnho do mês como no decorrer do período entre janeiro e novembro. Com ampla abrangência, foi a locomotiva da geração de empregos em Montes Claros ao longo do ano.
Em novembro, o setor de Serviços fez 2.201 admissões contra 1.755 demissões, alcançando o superávit de 446 postos (0,93%). O Comércio vem em seguida com 1.018 contratações ante a 802 desligamentos e saldo de 216 empregos (0,92%). A Agropecuária, que passou os 10 primeiros meses fechando no vermelho, encerrou novembro no azul. Foram 93 admissões contra 77 afastamentos e saldo de 16 vagas (0,73%).
Na contramão, a Construção Civil, que se destacou ao longo de 2023, fechou novembro no vermelho. A atividade empregou 521 operários, mas desligou 536, déficit de 15 empregos (-0,28%). Já a Indústria, grande destaque durante a pandemia de covid-19, foi a grande frustração de 2023, fechando sempre no vermelho. Em novembro, a atividade fez apenas 290 contratações ante a 323 demissões e déficit de 33 postos (-0,26%).
Novembro foi o nono mês consecutivo a apresentar saldo positivo de empregos. Apenas fevereiro fechou no vermelho: – 290 postos. Os demais períodos foram no azul: janeiro (211), março (55), abril (40), maio (257), junho (371), julho (260), agosto (155), setembro (505), outubro (696) e novembro (630).
De janeiro a novembro, o setor de Serviços se destacou. No período, foram 22.663 admissões contra 19.703 demissões e superávit de 3.524 empregos formais (7,87%). O segundo melhor desempenho foi o do Comércio, com 10.133 contratações ante a 9.703 desligamentos e saldo de 430 postos (1,84%). Em seguida vem a Construção Civil, que empregou 4.799 operários ante a 4.527 afastamentos e superávit de 273 vagas (5,31%).
Já a Indústria da Transformação teve o pior desempenho em 2023, com 3.397 admissões contra 4.526 demissões e déficit de 1.148 empregos (-8,32%). Por sua vez, a Agropecuária fez 802 admissões contra 991 afastamentos e saldo negativo de 189 postos (-7,93%).
ESTOQUE – O estoque de empregos com carteira assinada em Montes Claros chegou a 92.391 trabalhadores. O setor de Serviços lidera com 48.328 trabalhadores formais, seguido pelo Comércio (23.818), Indústria da Transformação (12.642), Construção Civil (5.416) e Agropecuária (2.194).
SERVIÇOS
Abrange uma vasta gama de atividades que vão desde o comércio de mercadorias à administração pública, passando por transportes, atividades financeiras e imobiliárias, serviços a empresas ou pessoais, educação, saúde e promoção social. De fato, o terciário é constituído por atividades complementares aos outros setores (primário e secundário da atividade econômica), focado na composição e adição a bens de consumo.
Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no último dia 28/12, indicam que Minas Gerais continua sua trajetória positiva na criação de empregos formais em 2023. De janeiro a novembro, o Estado gerou 187.866 novos postos de trabalho. Somente em novembro foram 808 empregos gerados. Com o resultado, Minas registra pelo décimo mês consecutivo um saldo positivo, se consolidando como um polo de crescimento do mercado de trabalho no Brasil.
O resultado alcançado em novembro é fruto de 199.066 admissões contra 198.258 desligamentos. “Esse resultado de novembro é atribuído sobretudo ao bom desempenho dos setores de serviços e comércios, que devido às datas comemorativas de fim de ano, acabam abrindo mais oportunidades de trabalho, potencializando assim o crescimento econômico do estado”, salienta Amanda Carvalho, diretora de Monitoramento e Articulação de Oportunidade de Trabalho da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG).
Com mais de 4,6 milhões de empregos criados, Minas segue como o segundo estado com maior estoque de empregos do país, atrás somente de São Paulo. O estoque representa a quantidade de pessoas com carteira assinada, empregada tanto no setor público quanto no privado.
QUASE 800 MIL
Desde 2019, o Governo de Minas trabalha para proporcionar uma base sólida para o crescimento sustentável da geração de empregos no estado. Nos últimos 5 anos, Minas sempre registrou saldo positivo na criação de postos de trabalho, e já acumula 785.069 empregos formais gerados. O ano de 2019 já indicava uma tendência positiva, com 97.720 empregos gerados. Em 2020, mesmo diante dos desafios impostos pela pandemia global, Minas Gerais manteve a estabilidade ao registrar um saldo de 2.388 empregos. A tendência de crescimento se consolidou nos anos seguintes, com mais de 320 mil criados em 2021 e mais 177 mil em 2022.
ANÁLISE SETORIAL
O setor de Comércio liderou com a geração de 7.841 novos postos, seguido por Serviços (6.715). Já a Indústria apresentou saldo negativo de -3.202 postos, seguido pela Agropecuária com saldo de -3.710 postos e da Construção com -6.836 postos. Considerando os grandes grupamentos econômicos, resultados parciais de 2023 indicam que houve crescimento, com destaque para o setor de Serviços, responsável pela geração de 103.386 novos postos.
Trabalhadores dos Serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados são os que apresentaram maior saldo no mês de novembro, com saldo de 6.833 empregos gerados. As mulheres de 18 a 24 anos, com ensino médio completo lideram o perfil de contratação.