O Ministério Público de Minas Gerais enviou ofício requisitando vistorias em prédios da construtora Turano em Montes Claros. A solicitação foi feita após o edifício Roma apresentar problemas estruturais e precisar ser interditado. Comércios, residências e vias em um raio de 60 metros também foram fechados, mas receberam autorização do Corpo de Bombeiros para liberação após a elaboração de um laudo.
No documento, datado de 22 de abril, o promotor de Justiça Felipe Gonçalves Caires determina que as avaliações sejam feitas “em todos os edifícios em construção ou construídos há menos de três anos.” No ofício, o promotor destaca que a medida tem como objetivo “apurar as condições de segurança de tais edificações.” As vistorias devem ser realizadas em um período de 15 dias.
Segundo a Defesa Civil de Montes Claros, já foram solicitados à construtora a relação dos imóveis. Após as vistorias, um laudo será entregue para o MPMG. Por meio de sua assessoria, a Turano informou que está ciente da notificação e que todas as informações serão disponibilizadas no prazo estipulado. Além disso, destacou que os projetos estruturais serão certificados, visando a segurança dos demais empreendimentos.
LIBERAÇÃO DO ENTORNO – As residências, comércios e o trânsito no entorno do edifício Roma, em Montes Claros, foram liberados nessa terça-feira (23/4). A informação foi confirmada pelo coronel Júlio César Tóffoli, do Corpo de Bombeiros, durante coletiva de imprensa.
O prédio foi interditado no dia 8 deste mês após problemas na estrutura. Por questões de segurança, a medida foi aplicada para imóveis e vias em um raio de 60 metros. De acordo com o coronel, a liberação se tornou possível após a elaboração de um laudo. O documento, feito por uma empresa independente, atesta a segurança da edificação.
“A partir de hoje, com o respaldo desse laudo de segurança, a gente não vê mais necessidade do isolamento tal qual está sendo feito. A gente acredita que a vizinhança já pode retornar às suas atividades normais, a única exceção são os moradores da edificação sinistrada.” Júlio César Tóffoli destacou ainda que a corporação continuará a fazer o monitoramento diário do prédio.
“Diariamente nós monitoramos a inclinação e as trincas do prédio, se houver alguma mudança nesse cenário, a gente não vai aguardar outro laudo, a gente retorna e toma as medidas necessárias para restabelecer a segurança das pessoas.” Sobre as causas do problema que culminou na interdição do prédio, o coronel disse que não cabe ao Corpo de Bombeiros entrar na parte técnica, ressaltando que a função da corporação é garantir a segurança da população.
“O que nos dá essa segurança é o trabalho que foi feito desde o dia do sinistro até hoje e a participação de uma empresa independente, inclusive foi uma exigência do Ministério Público, então todos os requisitos foram cumpridos por essa empresa independente e é um laudo técnico, um laudo pericial. Toda essa situação nos deixa em uma condição de segurança para permitir que a população retorne aos seus lares e retome a sua vida. Se houvesse uma dúvida, uma questão que fosse, a gente não estaria tomando essa medida de liberação das residências.”