O Censo Demográfico 2022 encontrou 12.348 Favelas e Comunidades Urbanas no Brasil, onde viviam 16.390.815 pessoas, o que equivalia a 8,1% da população do país. O levantamento apontou que, naquele ano, dos 414.240 mil habitantes de Montes Claros, 396.162 (95,6%) pessoas moravam fora de favelas e 18.078 (4,4%) moravam em 7.109 domicílios (3,9%) em 27 favelas.
O Censo identificou favelas em Montes Claros nos seguintes locais: Bairro Chiquinho Guimarães, Cidade Conferência Cristo Rei, Bairro Itatiaia, Bela Paisagem – Pedreira Vila São Francisco de Assis, Cidade Industrial A, Cidade Industrial B, Ciro dos Anjos, Doutor João Alves, Jardim Eldorado, Morrinhos, Morro do Frade – Caixa D’Água, Nova Morada, Rua Barão de Mauá, Rua Marechal de Souza Brasil, Rua Vinte, Rua da Prata, São Lourenço, São Vicente do Bairro Santos Reis, Vila Alice, Vila Campos, Vila Castelo Branco, Vila Mauricéia, Vila Santa Cecília, Vila Telma, Vila Tupã e Village do Lago.
VISÃO NACIONAL
Em 2010, foram identificadas 6.329 Favelas e Comunidades Urbanas em todo o Brasil, onde residiam 11.425.644 pessoas, ou 6,0% da população do país naquele ano. Esse aumento pode ser explicado também pelo aperfeiçoamento tecnológico na operação censitária e um maior conhecimento do território, melhorando a captação das informações sobre essa população no período intercensitário.
A comparação dos resultados entre os dois Censos, para as Favelas e Comunidades Urbanas, deve considerar esse contexto e ser feita com cautela. O IBGE pesquisa as Favelas e Comunidades Urbanas desde 1950 e vem aprimorando a abordagem deste tema nos censos demográficos. Há uma dificuldade inerente para dimensionar esses territórios que são muito dinâmicos e, em grade parte, não têm limites oficialmente estabelecidos ou domicílios cadastrados.
Em 2010, pela primeira vez, foi divulgada a população de cada uma das favelas e comunidades urbanas encontradas pelos recenseadores do IBGE. Em 2022, o IBGE contou com dados georreferenciados da ANEEL para auxiliar a coleta e usufruiu de recursos digitais melhores que os da década anterior, incluindo as imagens de satélite.
Cayo Franco, coordenador de Geografia do IBGE, acrescenta: “Nos anos que antecederam o Censo 2022 foi sendo ampliado o diálogo com organizações e entidades representativas das favelas e comunidades, que não só participaram da operação censitária, como atuaram na redefinição da terminologia utilizada pelo IBGE, que substituiu a designação “Aglomerados Subnormais” para “Favelas e Comunidades Urbanas”.
Na fase final de apuração do Censo 2022, o IBGE realizou a campanha “Favela no Mapa” em parceria com o Instituto Data Favela e a Central Única das Favelas (Cufa), com o objetivo de garantir a cobertura completa do Censo demográfico nas favelas e comunidades urbanas. A campanha nacional foi importante para que aqueles domicílios e moradores ainda não recenseados nestes territórios tivessem a oportunidade de fazer parte do retrato da realidade nacional.
O Censo 2022 identificou 6.556.998 domicílios em Favelas e Comunidades Urbanas em todo o país, dos quais 5.557.391 (ou 84,8%) eram domicílios particulares permanentes ocupados. Cerca de 93,3% dos domicílios em favela são casas, proporção mais alta do que a do conjunto dos domicílios do país (82,3%). Apenas 2,8% dos domicílios em Favelas são apartamentos, enquanto no total dos domicílios do país, 14,9% são apartamentos.