A grande maioria das pessoas desaparecidas em Minas Gerais deixa os lares de forma voluntária. É o que informou a delegada Ingrid Estevam, delegada chefe da Divisão Especializada de Referência à Pessoa Desaparecida. “Temos enorme preocupação com as pessoas desaparecidas, seja criança, adolescente ou adulto. O que percebemos é que a maioria dos desaparecidos ocorre em razão de voluntariedade. Ou seja, por vontade própria, a pessoa sai de casa por não querer mais relação com a família e corta os vínculos”, disse a delegada.
Quando a Polícia Civil consegue localizar a pessoa desaparecida e é informada que ela não deseja mais se relacionar com os parentes, a instituição faz a comunicação. “Tem casos que por ser [desaparecimento] voluntário nós temos que informar os entes sobre o desejo de não querer mais contato”.
Há casos, no entanto, de desaparecimento que se tratam de crimes e envolvem, em sua maioria, crianças e adolescentes. A Polícia Civil incorporou na última quinta- -feira (11) um sistema de disparos de alertas por meio das redes sociais para casos graves de desaparecimento de crianças e adolescentes. Por meio do programa “Alerta Amber”, os usuários receberão postagens de alerta com fotos e informações dos menores.
“A Meta – que gerencia o Facebook e Instagram – ao perceber que há o preenchimento dos requisitos necessários, ela lança um alerta num raio de 160 km do local em que a criança ou adolescente foi visto pela última vez. Casos de desaparecimentos devem ser registrados imediatamente. Não há necessidade de esperar 24 ou 48h.
“Pode ir imediatamente até a delegacia mais próxima. Também há a delegacia virtual e basta acessar o portal que por lá tem a opção de registro. Só pedimos para que compareça depois no estabelecimento para autorizar a produção do cartaz”.