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Insegurança movimenta mercado de blindagens

A violência urbana e a sensação de insegurança no trânsito têm movimentado um mercado até então pouco publicizado no Brasil: a blindagem de veículos.

A violência urbana e a sensação de insegurança no trânsito têm movimentado um mercado até então pouco publicizado no Brasil: a blindagem de veículos. O que antes parecia ser uma opção extremamente luxuosa e para poucos carros, hoje em dia vem se ‘popularizando’ e se tornando um tipo de investimento de toda a família possível de ser feito em qualquer veículo, independentemente do tamanho e do peso.

O empresário João Ricardo Araújo, proprietário da SBI Blindagens, uma das poucas empresas especializadas no serviço e a pioneira no ramo, afirma que o mercado vem aumentando diante da chegada de novas tecnologias e de valores mais acessíveis. “A gente blinda, por mês, cerca de 20 a 25 carros na nossa empresa. Muita gente tem buscado esse investimento devido a segurança e às novas tecnologias que dispomos, deixando o carro completamente original e sem sofrer com a aparência, com material de última geração”, explica.

O Know-how de João Ricardo e da SBI Blindagens corrobora o que vem apontando a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). No ranking dos estados, a Bahia é o sexto que mais blindou veículos em 2023, conforme a entidade: foram 298 blindagens, atrás apenas de Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo, este último liderando com 23.324 veículos blindados ano passado.

A entidade aponta que em 2023 o setor registrou no Brasil a blindagem de 29.296 veículos, um salto de 13% em comparação ao ano anterior, quando foram blindados 25.916 carros. É o mais novo recorde de blindagens desde 1995. No total, a frota blindada estimada no Brasil é de quase 340 mil carros. Na Bahia, a quantidade ainda é pequena: 1% desse montante.

Para João Paulo Araújo, com a chegada de novos materiais e de nova tecnologia, a blindagem deixou de ser algo ‘pesado’ e visualmente desagradável para quem gosta de manter a originalidade do veículo. Com 12 anos nesse mercado, o empresário explica que o carro blindado acabou se tornando um benefício de proteção à toda família e está ao alcance de muita gente que tem o poder aquisitivo para comprar um veículo.

“Antes para se blindar um carro precisava ser acima de 500 quilos, hoje em dia não chega a 200. Hoje blindamos HB20, Onix, qualquer modelo. A tecnologia avançou e abriu o leque de opções. E hoje em dia a gente blinda qualquer modelo”, conta ele. Além da SBI Blindagens, outra empresa que chegou recentemente ao mercado é a Global Tech. Ambas são as principais no estado.

Para que uma empresa possa realizar o serviço de blindagem é necessário ter o Certificado de Registro emitido pelo Exército Brasileiro. Isso porque eles trabalham com materiais balísticos, como o aço e o polietileno. Araújo explica que o polietileno é o material mais novo no mercado, que substitui o aço balístico e é 80% mais leve. O material permite blindar carros menores e não prejudica desempenho. “Uma tecnologia que permite blindar carros pequenos que antes não davam para blindar por conta do peso. Hoje em dia blindamos qualquer carro, temos um projeto específico para cada modelo e temos garantia de dez anos”, comenta.

Antes, um dos principais entraves para blindar carros menores era o fato de que os vidros ficavam muito pesados, dificultando a abertura e o fechamento. “Hoje os vidros são mais finos e se assemelham aos originais. O carro blindado não sofre mais com as aparências. Quem não conhece o carro, não percebe que é blindado”, avalia.

O tempo médio de serviço para blindagem é de 30 a 40 dias. “Somos certificados pelo Exército e cada carro blindado precisa de autorização. Hoje o preço varia, mas tem uma média. O Corolla custa cerca de 75 mil para blindar. Uma Hilux, 85 mil. Tem que pensar que isso é investimento e não que está jogando dinheiro fora”, acrescenta. Os veículos que mais recebem blindagem na SBI são os de grande e médio porte como a Hilux da Toyota, o Outlander da Mitsubishi, e o Evoque e Range Rover da Land Rover.

COLISÃO

Um dos questionamentos comuns em ‘leigos’ a respeito de automóveis é se há alguma diferença no estrago causado por uma colisão. O empresário João Ricardo explica: “A depender da colisão, se pegar no local da estrutura que tenha a blindagem, pode ajudar porque a carroceria está reforçada. Obviamente que não se blinda para isso, é blindado para questão de manutenção da segurança contra a violência”.

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