A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil começou a liberar o Cartão Pipa para os municípios distribuírem água potável para as famílias atingidas diretamente pela seca no Norte de Minas. A medida foi anunciada no dia 22 de dezembro, durante reunião na sede da entidade, com a participação de representantes do governo estadual e federal. O valor é de R$ 21 mil para os municípios contratarem um caminhão pipa e R$ 3 mil para pagar o motorista.
A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) apurou que até agora foram liberados os recursos para os municípios de Catuti, Glaucilândia, José Gonçalves de Minas e Pintópolis, que atenderam às exigências burocráticas, preenchendo os formulários com os dados das localidades e quantidade de famílias a serem atendidas. Para maior agilidade, o cartão é repassado diretamente à Prefeitura.
O presidente da Amams e prefeito de Padre Carvalho, José Nilson Bispo de Sá, o Nilsinho, lembra que o Cartão Pipa saiu agora, quando as chuvas retornaram, mas os impactos da estiagem ainda prosseguem. Disse ainda que a Secretaria Nacional também aprovou os pleitos de Aricanduva, Guaraciama, Ibiracatu, Jaíba, Januária, Luislândia, Rubelita e de Santo Antônio do Retiro.
A Amams através do Departamento de Defesa Civil tem orientado os municípios a elaborarem o formulário, tendo em vista que 135 deles decretaram situação de emergência e estão aptos a receberem o Cartão Pipa, desde que preencham o formulário. Além do Cartão Pipa, os municípios podem receber cestas básicas e ajuda para equipar poços artesianos. Outra definição do Governo Federal que a Amams cobra e aguarda com grande expectativa é a medida provisória para renegociação das dívidas rurais, para quem teve perdas por causa da seca.
FEIJÃO – O governo de Minas Gerais, por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), concluiu a distribuição de sementes de feijão para produtores rurais atingidos pela seca que afetou principalmente as regiões Norte, Noroeste, Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri e Vale do Rio Doce. A estimativa é de que tenha atendido mais de 12 mil famílias de agricultores de 254 municípios.
A empresa fez a compra emergencial de 12.195 sacos de 10 quilos de sementes cada, com recursos próprios de R$ 2 milhões. A Emater-MG estima que as famílias beneficiadas devem faturar no ano aproximadamente R$ 240 milhões com a venda do feijão, considerando o plantio por três safras.
