Ser gestor em 2025 não é mais apenas sobre liderar equipes e planejar estrategicamente. É também sobre lidar com a hiperconectividade. O celular, que antes era ferramenta de comunicação, tornou-se central de operações: times inteiros são coordenados por grupos de WhatsApp, demandas chegam por direct no Instagram, decisões urgentes são tomadas por mensagens de voz (agora também transcritas de maneira duvidosa por inteligência artificial).
Além disso, o líder moderno é pressionado a produzir conteúdo — não só para branding pessoal, mas para reforçar a autoridade da marca que representa. O resultado é uma jornada mental fragmentada, com inúmeras microtarefas e interrupções que drenam o foco e diminuem a profundidade do pensamento estratégico.
Essa rotina gera um falso senso de produtividade. O gestor sente-se constantemente ocupado, mas avança pouco nos temas que realmente importam. A sensação de estar sempre devendo algo — para a equipe, para a rede, para si — mina o desempenho.
Nesse contexto, uma ferramenta simples e poderosa ressurge: a Matriz de Eisenhower. Ao classificar atividades entre urgentes e importantes, o líder pode diferenciar o que deve ser feito agora, o que pode ser delegado, o que deve ser agendado e, principalmente, o que pode ser eliminado. É a racionalização do tempo em meio ao caos digital — uma bússola para decisões em um ambiente de sobrecarga.
