Previstos para acontecer ao longo deste ano, os Encontros Regionais dos Comitês de Bacias (ERCOB), para cada região do Brasil, também foram discutidos. Em relação ao nacional e ao encontro mineiro, o coordenador-geral do Fórum Mineiro de Comitês de Bacias Hidrográficas (FMCBH), Wilson Acácio, explicou que esses encontros possuem caráter técnico e orientador. “Durante três dias nós estamos debatendo as políticas ligadas aos recursos hídricos do Brasil. Há depoimentos de rios que já secaram em Minas Gerais, portanto, devido à situação de crise, que possamos levar às autoridades constituídas, sejam elas na escala Federal ou Estadual, avaliações para que eles possam ter recursos técnicos, recursos financeiros, equipamentos e tecnologia para os projetos e programas.
Altino Rodrigues entende que os ERCOBs serão encontros muito promissores mas, especificamente para o encontro do Sudeste, há ainda questões a serem trabalhadas principalmente na esfera política e de recursos financeiros. “É desafiador realizar um encontro deste, já que estamos em uma área onde existe a maior concentração de comitês no Brasil, em função especificamente de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Portanto, estão faltando ainda alguns ajustes que são de ordem política. Nós não estamos contando com o devido apoio e respaldo do governo do Estado de Minas Gerais, e entendemos que a construção tem que ser feita com outros atores porque há uma limitação de recursos financeiros”.
O Encontro de Comitês de Bacias Hidrográficas da Região Sudeste está previsto para ocorrer em julho, na cidade de Belo Horizonte. A data ainda será definida. Durante o primeiro dia do encontro, o diretor- -geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas, Marcelo da Fonseca, apresentou um mapeamento sobre o Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos de Minas Gerais, além do Sistema de Monitoramento Remoto Integrado das Águas (MIRA). A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Carvalho de Melo, também esteve presente no primeiro dia do fórum.
O coordenador da CCR Alto São, Altino Rodrigues, contou que apesar das conversas estarem em andamento, nada ficou definido em relação ao Encontro de Comitês de Bacias Hidrográficas da Região Sudeste. “A secretária Marília Carvalho esteve aqui conosco, junto com o também diretor do IGAM, Marcelo da Fonseca, mas não ficou nada definido. O grupo está trabalhando com muito afinco para que possamos estruturar um projeto e consigamos buscar as parcerias desejadas para essa grande discussão, principalmente porque Minas Gerais é sempre uma vitrine na gestão de recursos hídricos no país. Queremos outros parceiros para construir juntos um grande evento e levar o que são os nossos desafios para serem discutidos com o resto do Brasil no Encontro Nacional dos Comitês de Bacias Hidrográficas (ENCOB) de 2025”, explicou Altino. No último dia, os presentes discutiram um plano de trabalho para determinação de prioridades para o ano 2024.